Bebê com refluxo, o que a mãe pode comer?

Bebê com refluxo, o que a mãe pode comer?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os bebês devem se alimentar exclusivamente de leite materno até os 6 meses de idade, após, o recomendado é alternar entre leite e outros alimentos até que completem ao menos 2 anos de idade[1]. Em razão dessa conexão, é necessário que a mãe tome cuidado com sua alimentação, afinal, alguns alimentos podem causar problemas no sistema gástrico, como soluços, gastrites e refluxos. Se seu bebê está com refluxo, e você quer saber o que a mãe pode comer, leia esse artigo do umCOMO!

O que comer para evitar o refluxo no bebê

O refluxo em bebê é um problema inofensivo[1], entretanto, muito comum e que atinge em média 25% dos bebês[2]. Os motivos da grande frequência do surgimento do problema são o grande tempo que os pequenos passam deitados, sua alimentação composta unicamente por líquidos e também a movimentação, que costuma crescer conforme vão ganhando autonomia. Para melhorar a qualidade do leite e permitir uma vida mais confortável ao bebê, as mães devem fazer alterações na alimentação e observar os resultados[3]. Os alimentos recomendados nessas situações são:

  • Frutas;
  • Carne magra;
  • Peixe;
  • Legumes que não produzam gases;
  • Pequenas quantidades de carboidrato;
  • Grão integrais;
  • Sucos naturais.

O segredo para ter uma alimentação favorável para o bebê é se alimentar de forma saudável, sem exageros. Caso você tenha restrições alimentares como intolerância à lactose, consulte um nutricionista para conseguir fazer uma transição alimentar que não prejudique sua saúde, veja também como manter uma alimentação saudável

Além da solução natural que envolve uma alimentação equilibrada, também é possível comprar leite anti refluxo em pó. O leite é composto por ingredientes que evitam refluxo em bebê, diminuindo também gases e, consequentemente, desconfortos, entretanto, o alimento mais rico em nutrientes e saudável para o bebê sempre será o leite materno[1].

Além de prestar atenção no que pode ser comido, é importante também saber o que evitar na alimentação para bebe com refluxo. Os alimentos proibidos, ou melhor, que devem ser consumidos com parcimônia são:

  • Feijão;
  • Brócolis;
  • Pimenta;
  • Lacticínios;
  • Carnes vermelhas;
  • Repolho;
  • Batata doce;
  • Frituras.

Veja também o que pode comer um bebê de 6 meses.

Sintomas de refluxo em bebê

Quando o bebe melhora do refluxo é muito claro pois começa a ficar mais feliz e relaxado, da mesma forma, quando o bebê está com gases ou refluxo, seu comportamento muda e sintomas aparecem indicando que algo não está bem. Os sintomas de refluxo são:

  • Choro: bebê com refluxo chora muito pois gera desconforto, além disso, o refluxo é ácido e pode machucar as mucosas;
  • Dificuldade para se alimentar: em razão da acidez do refluxo, dificuldades em se alimentar são possíveis;
  • Perda de peso: por tornar mais difícil a alimentação e causar vômitos, o refluxo também faz com que o bebê perca peso.

Alergias alimentícias, baixo apetite e vômitos também são problemas comuns em bebês.[1]

Refluxo em bebê: como tratar

Em caso de refluxo em bebe, tratamento caseiro é possível e muito simples de ser feito. Além de cuidar de sua alimentação, siga as dicas abaixo.

  • Evite deixar o bebê muito tempo deitado: principalmente após as refeições, o ideal é colocar seu bebê na vertical[3], assim, dará tempo para que o leite desça e as chances de refluxo diminuem;
  • Não exagere nas refeições: seja leite dado diretamente no peito ou então em mamadeiras, evite que seu bebê faça refeições exageradas. Estar com o estômago muito cheio é uma das causas do refluxo;
  • Evite roupas apertadas: roupas que apertam o abdômen do bebê, pressionam o estômago e podem causar refluxo;
  • Coloque o bebê para arrotar: após as refeições, o leite ingerido causará gases e o bebê precisará arrotar. Para isso, coloque-o no colo na vertical e com a cabeça apoiada em seu ombro, então dê leves tapinhas na costas. Caso você não coloque o bebê para arrotar, os gases sairão de qualquer forma e poderá causar refluxo.

O mais comum é que refluxos aumentem após os primeiros meses de vida, já que com essa idade o bebê começa a ganhar mais autonomia e se mexer bastante. Refluxo em bebê de 1 ano ou mais não é algo muito comum mas pode acontecer.

Caso seu bebê tenha sérios problemas com refluxo e a alteração na alimentação não seja suficiente para evitar os episódios, consulte um médico pediatra de sua confiança para conferir a possibilidade de problemas gastrointestinais.

Posições para amamentar

Um dos detalhes fundamentais que toda mãe deve ter cuidado na hora de dar peito a seu bebê é a posição que utiliza, pois esta marcará a diferença fazendo com que o pequeno possa segurar melhor o seio e sugar mais leite o que, por sua vez, estimulará a produção. Confira algumas sugestões das melhores posições para amamentar o seu bebê.

  • É importante conseguir a posição adequada, deste modo você vai conseguir evitar dores nas costas e as rachaduras no mamilo, pois, à medida que o pequeno for segurando bem se evitarão os danos nesta área delicada.
  • Na posição para amamentar que você escolher o bebê deve aproximar-se do peito e não ao contrário. Do mesmo modo, é recomendável que seu filho não tenha que girar ou forçar demais a cabeça, deve estar cômodo e tranquilo.
  • Sentada com o bebê no colo: esta é sem dúvida a posição mais habitual, a mãe senta-se relaxada com um ou ambos os pés no alto, se quiser. Segura o bebê com o antebraço pela área do bumbum, ninando-o. Esta mesma posição pode ser feita segurando a cabeça do bebê.
  • Barriga com barriga: é uma posição perfeita para a noite, para descansar ou durante os primeiros dias depois de um parto por cesariana, ambos se deitam na cama, a mãe segura o bebê com um dos braços enquanto este suga.
  • Sentar o bebê como quem brinca de cavalinho não é uma posição habitual, mas é útil para os bebês que apresentam alguma dificuldade de agarrar o peito, deste modo a mãe pode introduzir o mamilo em sua boca apontando preferivelmente para cima para estimular a sucção.
  • Bebê deitado de frente para o seio: os condutos localizados no lado externo do seio costumam obstruir-se, se este for o seu caso então o melhor é utilizar esta postura para dar o peito ao seu pequeno. Você deve reclinar-se um pouco para a frente e deixar que o bebê comece a sugar.
  • Deitado invertido: a parte superior dos seios também pode apresentar obstruções, nesses casos esta posição pouco habitual, mas útil, ajuda o leite a fluir, o bebê encontra-se ao contrário, mas isto não deve representar nenhum tipo de desconforto para nenhum dos dois.

É útil ir experimentando várias posições diferentes durante a lactação, deste modo você e seu filho poderão experimentar novas formas e até encontrar uma em particular em que ambos se sintam cômodos e possam tirar o maior proveito.

Como dar novos alimentos ao bebê

Que o leite materno traz vários benefícios para a saúde de nossos bebês, não se pode negar. Mas, quando os pequenos completam 6 meses de vida, é chegada a hora de começar a oferecer novos alimentos a eles. Isso porque, somente até os seis meses, o leite nutre e supre a carência que têm de vitaminas, proteínas e demais nutrientes. Depois disso, é necessário inserir novos sabores e texturas na alimentação de seu filho.

As principais perguntas de mamães que se desesperam quando o filho chega a essa fase: posso oferecer qualquer alimento? Qual a melhor maneira de preparar a papinha? Acalme-se! Essa nova fase, além de exigir tranquilidade e paciência, pode lhe trazer grandes aprendizados e momentos de maior percepção de crescimento do seu bebê.

  • Comece oferecendo um suco de frutas: limão, por exemplo. O bebê passou 6 meses em contato apenas com o leite materno, então, é normal que ele estranhe o novo alimento. Tenha paciência e não desista por quê o pequeno colocará tudo para fora em uma cuspida. Entre uma mamada e outra, ofereça um alimento novo por dia.
  • Após três ou quatro dias, ofereça uma fruta amassada diariamente. É importante que o bebê comece a se acostumar a ingerir todos os tipos de alimentos e suas diferentes texturas. Mas, dê em quantidade dosada e verifique como o organismo do seu filho reage a cada experiência.
  • Você já inseriu suco e papinha de frutas na alimentação do seu pequeno, agora é hora das comidas salgadas. Ofereça a papinha salgada na hora do almoço. Logo, terá de organizar os horários de mamada, para que seu filho não esteja saciado com o leite e deixe de lado as papas. Ah! E nada de alimentos industrializados, dê preferência pelos naturais.
  • Após certo tempo, comece a oferecer a papinha salgada também no jantar. E, sempre, ofereça uma fruta raspada como sobremesa.
  • Como o sistema digestivo dos pequenos ainda é muito imaturo e frágil, não ofereça (além dos alimentos industrializados) leite de vaca, alimentos feitos com farinha ou trigo (por conter glúten), seus derivados e ovos. Seu bebê pode não digerir com facilidade e, além disso, pode adquirir alergias a esses alimentos.
  • Passe a oferecer água também. O líquido já entrará com tudo nas papinhas, mas é importante oferecê-lo puro, ao final e entre as refeições.
  • Ofereça sucos e chás. Mas, nunca em excesso. A ideia é complementar a alimentação do seu filho e não substituir, por completo, o oferecimento de água. Não ofereça com açúcar.
  • Passe a estipular um horário correto para as refeições. Assim, já passa a criar uma rotina para o bebê, que ele levará por toda a sua vida. Uma alimentação correta auxiliará no bom funcionamento intestinal do seu filho, além de preveni-lo de doenças crônicas e controlar seu peso corporal.

Seu filho irá fazer uma sujeira danada quando começar a experimentar esses novos alimentos. Um dos sentidos mais aguçados do bebê é o tato. Então, ele vai querer pegar o alimento. Não o prive disso. Deixe que ele se suje e curta essa nova experiência e comece a estimular a curiosidade dele para o mundo. Os reflexos disso virão com o tempo.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. MOTEE, A. JEEWON, R. Importance of Exclusive Breast Feeding and Complementary Feeding Among Infants. Current Research in Nutrition and Food Science. Vol. 2(2), 56-72 (2014). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/287430174_Importance_of_Exclusive_Breastfeeding_and_Complementary_Feeding_among_Infants. Acesso em: 12/05/2019.
  2. PUCCINI, F. R. S. BERRETIN-FELIX, G. Gastroesophageal reflux and swallowing in newborns and infants: Integrative review of literature. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v17n5/en_1982-0216-rcefac-17-05-01664.pdf. Acesso em: 12/05/2019.
  3. World Health Organisation. Infant and young child feeding: Model Chapter for textbooks for medical students and allied health professionals. France, WHO (2009). Disponível em: http://www.wpro.who.int/nutrition_wpr/publications/infantchildfeeding.pdf. Acesso em: 12/05/2019.