Cloroquina, para que serve?

Cloroquina, para que serve?

A cloroquina é uma substância ativa presente em um medicamento usado no tratamento de várias complicações de saúde, principalmente a malária. Deriva de uma planta medicinal do Peru chamada cinchona e foi, recentemente, associada ao tratamento do zika vírus. Aparentemente, a droga atenua os danos cerebrais da síndrome congênita do zika e lesões neurológicas em adultos, protegendo os neurônios infetados da morte pelo vírus. Gostaria de saber quais os usos, as contraindicações, os efeitos colaterais e a relação com o zika vírus desse medicamento? Continue lendo esse artigo do umComo e descubra: Cloroquina, para que serve?

Para que serve?

A cloroquina é um medicamento administrado por via oral usado no tratamento de:

  • Todas as formas de malária (terçã benigna, terçã maligna e quartã);
  • Artrite reumatoide;
  • Supressão do lúpus eritematoso;
  • Porfiria cutânea tardia;
  • Giardíase;
  • Hepatite amebiana.

Efeitos colaterais comuns

A cloroquina apresenta vários efeitos colaterais e reações adversas comuns, que incluem:

  • Vômitos;
  • Cefaleia;
  • Vômitos;
  • Prurido;
  • Urticária;
  • Diarreia;
  • Erupções purpúricas na pele.

Efeitos colaterais raros

Apesar de ocorrerem com uma frequência bem menor, os efeitos adversos raros são:

  • Episódios psicóticos;
  • Hipertensão;
  • Convulsões;
  • Colapso cardiovascular;
  • Depressão;
  • Choque;
  • Arritmias;
  • Distúrbios dos olhos;
  • Visão dupla;
  • Mudanças no ECG.

Contraindicações

A uso de cloroquina é contraindicado em casos de:

  • Gravidez de risco;
  • Mulheres em fase de lactação;
  • Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula;
  • Alterações na retina ou no campo visual.

Cloroquina e zika vírus

No dia 4 de Maio, o Ministério da Saúde brasileiro divulgou um relatório que indica que, entre Outubro de 2015 e 30 de Abril de 2016, foram confirmados 1271 casos de microcefalia no Brasil, sendo que mais de 3000 casos ainda carecem de confirmação.

A cloroquina foi, em um estudo de investigadores do Instituto D'Or de Pesquisa e do Instituto de Biologia de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (também conhecida como UFRJ), indicada como uma potencial substância eficaz na blindagem do cérebro de fetos contra o vírus do zika. Eles afirmam que a substância protege, em até 95%, as estruturas celulares que funcionam como uma reprodução do cérebro em formação (neurosferas).

Embora seja bastante promissor, o estudo carece de revisão por parte de investigadores independentes, assim como de testes em pessoas e animais. Contudo, o trabalho revela que muitos pesquisadores estão fazendo um esforço extra para combater o zika vírus: é possível comprovar que os investigadores estão focados na produção de medicamentos que devem ser disponibilizados antes do aparecimento da vacinação para o problema.

O estudo examinou o caso infetando neurosferas com o zika vírus e, posteriormente, tratando com a cloroquina em dosagens diferentes por cinco dias. O medicamento reduziu o número de neurônios infetados entre 65 e 95 % quando comparando com as estruturas celulares que não foram expostas à substância.

O farmacologista Mauro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais, divulgou um estudo em que aponta uma molécula presente em um remédio para o mal de Alzheimer como uma potencial proteção do sistema neuronal contra o zika vírus.

Informação sobre o Zika vírus

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Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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