COCEIRA NO SACO escrotal - o que pode ser

COCEIRA NO SACO escrotal - o que pode ser

Existem diferenças entre coceira e assadura no saco e você já vai entendê-las. Problemas do tipo são muito desconfortáveis e a coceira no saco escrotal é não apenas embaraçosa para qualquer homem como também pode ser um sintoma de uma condição mais grave que está contaminando seu corpo. Entre micoses, fungos, parasitas ou simples falta de higiene, uma coceira na região da virilha e períneo pode ser causada por diversos fatores da saúde humana. Nesse artigo do umCOMO, vamos desvendar o que pode ser coceira no saco escrotal, além de darmos dicas de remédios caseiros para cada problema. Fique atento às dicas e continue lendo para saber mais.

Coceira no saco e virilha

Existe uma série de doenças que podem causar coceira no pênis, saco escrotal e entornos da pélvis, entretanto, por vezes as coceiras simplesmente acontecem e não precisam de remédio algum para serem tratadas. Geralmente homens que acabaram de se depilar com cera na região podem sentir a coceira devido ao crescimento de pelos.

Por outro lado, se você tem feito uma higiene incorreta ultimamente, é provável que esse seja o motivo da coceira. A falta de higiene é uma das principais causas da coceira no saco escrotal. No entanto, existem algumas outras coisas que podem causar a coceira no saco escrotal, como a alergia no saco escrotal e a candidíase no saco escrotal.

Alergia no saco escrotal: coceira na virilha e no saco

A alergia no saco escrotal pode causar coceira na virilha e no saco e acontecer por diversos motivos, o mais comum é a utilização de roupa interior com tecidos irritantes ou cosméticos pouco indicados para a zona íntima, além de alergia de sabonetes, o que ocasiona em uma dermatite, ou seja, uma inflamação da pele. Também é comum ter alergias na região em razão do uso de preservativos, o que pode ser evitado comprando preservativos feitos de materiais diferentes que não o látex.

Se você suspeita de que algum agente externo está provocando essa alergia, basta interromper o uso do produto ou peça de roupa para notar melhorias. Dê preferência a tecidos transpiráveis como algodão e produtos de higiene de pH neutro, indicados para a região íntima.

Existem dermatites crônicas que não têm relação com o contato com produtos aos quais se é alérgico, ainda que tenham sintomas bastante similares. Se você já tem coceira nos testículos com descamação e já teve o mesmo sintoma em algum lugar do corpo, procure um dermatologista para conferir a possibilidade de dermatite atópica, que costuma aparecer em dobras ou regiões mais sensíveis da pele como as mucosas, já que a doença, além de crônica, aumenta as chances de infecções cutâneas.[1]

Além do interrompimento do contato com o produto causador da alergia, também é possível fazer uso de antialérgicos que podem ser tomados oralmente ou então de pomada para coceira nos testículos, que podem ser passadas na região afetada, tratamento também indicado para as dermatites atópicas.

Candidíase no saco escrotal

A candidíase é uma das doenças de pele no saco escrotal sexualmente transmissível causada pelo fungo Candida albicans que causa muitas irritação e coceira na região da glande ou na vagina da mulher. Porém, a candidíase no saco escrotal não é transmitida pelo sexo. A doença pode causar ferimentos brandos ou mais graves e crônicos e é mais frequente em mulheres grávidas, diabéticos, pessoas que passaram por longo tratamento com antibióticos ou com desnutrição, em razão da queda do sistema imunológico[2].

O intertrigo no saco escrotal se dá pelo constante atrito e sudorese na região da virilha, além da umidade ininterrupta, esses fatores adicionados à falta de uma higiene adequada na região dão quase certeza de candidíase no saco escrotal ou candidíase peniana.

Ainda que seja transmitida sexualmente, a candidíase também pode ser adquirida pelo contato com locais contaminados e para reduzir a coceira e a vermelhidão no saco escrotal, além de diminuir as chances de contágio por fungos, é importante fazer uma boa secagem da região depois do banho, já que esse tipo de parasita necessita de um local úmido para sobreviver. Em caso de candidíase, não se preocupe pois é uma doença muito comum e com tratamento muito simples.

Caso esteja com irritação, veja como curar o escroto irritado e confira algumas dicas para quem deseja curar a comichão no saco escrotal.

Pomada para coceira no saco

Para tratar da candidíase no saco escrotal, basta comprar uma pomada com óxido de zinco (eficaz para a redução da coceira), somada a constante higienização do local, além da utilização de sabonetes neutros. Roupas de algodão e mais largas são preferíveis em comparação aquelas de náilon ou poliéster. No entanto, se o intertrigo estiver muito avançado, somente pomadas antifúngicas e antibióticos podem reverter o quadro de coceira no saco escrotal e virilha. Nesses casos, o ideal é consultar um médico para que ele te aconselhe sobre a melhor opção.

Veja o que é candidíase para entender mais sobre a candidíase venérea e cutânea.

Chatos no saco escrotal

Os chatos são pequenos bichinhos também chamados de piolhos pubianos que podem se mudar para a sua zona púbica, provocando coceira. A doença costuma ser transmitida por meio de relações sexuais mas também pode acontecer em razão do contato com algum pertence de alguém já contaminado, como toalhas e roupas. Os sintomas do contágio são muito semelhantes aos do contágio por piolho na cabeça e seu tratamento é simples.

Assim como os piolhos, os chatos também são inseto hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue, e precisam ficar em algum local onde haja a proteção dos pelos para se instalarem e botar ovos.[3]

Para eliminar chatos, depile a região púbica e misture 1 parte de suco de limão espremido com 2 partes de água e passe na região íntima 3 vezes por dia até a coceira desaparecer completamente.

Para evitar que o problema regresse, confira as dicas do artigo como prevenir piolhos na zona pubiana.

Doenças sexualmente transmissíveis

Herpes

A herpes é uma doença sexualmente transmissível causada por um vírus, existem 2 tipos de herpes, a HSV 1 e a HSV 2.[4]

A herpes de tipo 1 causa ferimentos principalmente nos lábios, enquanto a de tipo 2 é adquirida sexualmente e ferimentos genitais que por vezes coçam, entretanto, a doença é muitas vezes silenciosa e não apresenta sintomas.

Outros sintomas da herpes são:

  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Dor ao urinar;
  • Inchaços na virilha;
  • Redução de apetite.

Não existe cura para a herpes, entretanto, é possível realizar tratamento visando reduzir os sintomas.

Gonorreia

A gonorreia é uma doença causada por uma bactéria, sendo sexualmente transmissível e muito contagiosa, podendo contaminar uretra, reto, garganta, olhos e boca.[5]

Assim que a doença é adquirida, suas sintomas aparecem poucos dias depois e causa dor. Os sintomas da gonorreia são:

  • Ardência ao urinar;
  • Secreção de pus;
  • Dor e inchaço nos testículos.

Pacientes que já possuem outra DST têm mais chances de aquirir a gonorreia[6] e, caso atinja as articulações, a doença também pode causar dor ao se movimentar. O tratamento da doença é feito com o uso de antibióticos.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis e que pode atingir tanto homens quanto mulheres. Os sintomas da doença são:

  • Corrimento com mau odor;
  • Vontade incessante de urinar;
  • Coceira e queimação principalmente ao urinar.

O tratamento da tricomoníase é simples e feito com o uso de antibióticos específicos e o diagnóstico é feito por meio de exame em laboratório.

Caso esteja sentindo, além da coceira no saco escrotal, algum outro sintoma na região genital, consulte um médico com urgência.

Remédio para coceira nos testículos

O tratamento para coceira no saco escrotal deve ser feito de acordo com a causa do sintoma, entretanto, existem diversos tipos de remédio para fungo no saco escrotal que podem ser úteis na hora de tratar o prurido e aliviar a coceira, basta você ter um pouquinho de frequência na aplicação. As pomadas dos médicos dermatologistas podem ser mais eficazes, mas as alternativas caseiras são bem mais baratas do que o normal. Recomendamos que antes de testar nossas dicas, ao dermatologista e ouça suas recomendações, já que um profissional conhece os melhores remédios para fungo no saco e poderá te dar dicas com grande precisão de acordo com o seu caso.

Remédio natural para coceira no saco escrotal

Um remédio para coceira no testículo e virilha que pode ser muito eficaz é o extrato de própolis, encontrado em qualquer farmácia por um baixíssimo valor. Aplicando algumas gotinhas duas vezes por dia na região do prurido, a coceira na virilha irá desaparecer em alguns dias.

A camomila, por ser propriedades anti-inflamatórias e calmantes, é capaz de diminuir as coceiras e ajudar no processo de recuperação da pele. Para utilizar a camomila com esse fim, é possível fazer uma infusão e passar com cuidado na pele machucada, outra opção é usa o próprio saquinho do chá após a infusão, já frio, e colocá-lo em cima da pele.

O vinagre de maçã também é uma boa pedida pra quem deseja retirar os fungos, alergias e micose no saco escrotal. Outra remédio caseiro para coceira na virilha masculina é a aloe vera, que recupera a derme e reduz a coceira das alergias.

Leia também: Pênis ressecado e coçando: 7 causas para ficar atento!

Assadura no saco

A coceira nos testículos quando é muita intensa ou tem pruridos pode chegar a causar uma assadura no saco e na virilha. Muita umidade, suor, atrito (roupas muito justas) e má ventilação também podem gerar esse desconforto. É importante observar bem os outros sintomas já citados neste artigo, já que assadura no saco pode ser facilmente confundida com uma micose, dermatites e outros fungos e doenças.

Descartadas as possibilidades, se o desconforto e a vermelhidão forem apenas uma assadura realmente, você pode tratá-la com pomadas próprias para isso vendidas em farmácia como Hipoglós e Bepantol, por exemplo. Para evitar o reaparecimento do problema, prefira roupas não tão justas, lave-se todos os dias, sempre seque bem e use talco quando possível.

Leia também: Pelo encravado no escroto, o que fazer? - Remédios e soluções

Dicas para evitar coceira no saco escrotal

  • Faça higienização adequada: a região do saco escrotal, assim como outras regiões do corpo em que há dobras nas peles, é muito suscetível a suar e a abrigar bactérias, por isso, é necessário que se faça boa higienização diariamente, principalmente em épocas de calor, para evitar fungos e outros parasitas causadores de doenças que geram coceiras e descamação no saco escrotal.
  • Seque bem a pele: As bactérias e fungos causadores de micoses precisam de um local úmido para se desenvolver, sendo assim, é de extrema importância que se seque bem a região peniana para diminuir as chances de contágios.
  • Evite roupas apertadas: As roupas apertadas ou com tecido que não permite a passagem de ar, assim como a umidade e a falta de higienização, podem gerar um ambiente propício para agentes causadores de doenças na pele. Além disso, roupas apertadas também causam atrito entre a pele e o tecido e podem causar irritação.
  • Prefira sabonetes neutros: o perfume e as tintura utilizadas na produção dos sabonetes podem causar alergias cutâneas, então, dê preferência aos sabonetes neutros ou aos feitos para bebês.
  • Evite banhos muito quentes: a água quente resseca a pele, o que pode causar descamações e irritações. Se você tem a pele seca ou muito sensível, evite entrar em contato com água quente e passe um hidratante sem cheiro na região da pele ressecada após os banhos.

Sugestão: Dor nos testículos, o que pode ser?

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. SIMÃO, H. M. Atualização em dermatite atópica, Departamento de Alergia e Imunologia da SBP. Disponível em: http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/DERMATITE_ATOPICA_ATUALIZACAO_EM.pdf. Acesso em: 30/03/2019.
  2. http://www.tecsoma.br/biomedicina/tcc's/2015/cintia.pdf. Acesso em: 30/03/2019.
  3. FERNANDES, J. B. V. D., GORN, P. G. V, MATAYOSHI, S. Tratamento de fitiríase palpebral com ivermectina. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n2/13322.pdf. Acesso em: 30/03/2019.
  4. http://www.chu-rouen.fr/mtph/fiches/HERPES.pdf. Acesso em: 30/03/2019.
  5. https://www.catie.ca/sites/default/files/fs-sti-gonorrhea-en-19-04-2018.pdf. Acesso em: 30/03/2019.
  6. http://www.bphc.org/whatwedo/infectious-diseases/Infectious-Diseases-A-to-Z/Documents/Fact%20Sheet%20Languages/Trichomoniasis/Portuguese.pdf. Acesso em: 30/03/2019.