Cadáveres

Como é feita uma autópsia

Como é feita uma autópsia

Também chamada de necropsia ou exame cadavérico, a autópsia é um exame realizado em um cadáver a fim de identificar a causa e a maneira como o indivíduo morreu. Para tanto, é preciso avaliar possíveis ferimentos e doenças que o indivíduo apresente, o que deve ser feito por um médico legista. As autópsias são feitas em necrotérios e, no Brasil, exigidas em três casos: quando houve morte violenta ou suspeita, morte natural em que não se saiba a razão ou quando não houve assistência médica e quando o falecido tem uma doença rara que deve ser estudada. Em alguns casos, a própria família pode solicitar mesmo que não se enquadre nessas situações. Para saber, portanto, como é feita uma autópsia confira as informações reunidas pelo umCOMO a respeito do procedimento a seguir.

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Passos a seguir:

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Depois que a família reconhece o falecido, é feita uma autópsia, sendo duas as etapas do exame físico no corpo, uma externa e uma interna. Primeiro é feita a externa, quando são analisados todos os indícios que o corpo pode apresentar, como lesões, furos de bala e mesmo sinais que o possam identificar, no caso disso não ter sido feito ainda, como digitais, amostras de cabelo e mesmo tatuagens. Todas as etapas do procedimento são registradas por meio de fotografias e de anotações. O médico legista também pode gravar um relato do que está fazendo.

Como é feita uma autópsia - Passo 1
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É nessa etapa também que são registradas as informações do morto, como sexo, etnia, idade aproximada, altura e a cor dos seus olhos e cabelos, além de demais características físicas que são percebidas visualmente e que sejam relevantes. Quando a causa da morte é verificada apenas com o exame externo é possível nem mesmo ter que abrir o corpo para o exame interno. No entanto, conforme a situação isso pode ser necessário para confirmar a possível causa da morte.

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O exame interno começa pela abertura do tórax, sendo que o mais comum é fazer um corte em forma de Y, sendo possível ainda realizar um corte em forma de T ou I. De qualquer forma, basicamente o corte inicia nos ombros ou no pescoço e segue até o ponto mais extremo, no caso, a púbis. Com isso, o médico legista e a sua equipe, quando houver, tem acesso às principais cavidades do organismo: a caixa torácica e o abdômen. Pode ser usada uma serra elétrica, tesoura ou bisturi para fazer o corte.

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A partir de então, é iniciada a remoção dos órgãos internos, começando pelos que possivelmente estejam relacionados à causa da morte, considerando as informações obtidas até o momento. Assim, o coração pode ser o primeiro se a pessoa foi esfaqueada ou o estômago, se houver indícios de envenenamento. O estômago também pode indicar quando foi a última refeição do indivíduo. O sangue que sai ao serem realizados os cortes é mínimo, uma vez que não há mais fluxo sanguíneo, por isso mesmo, se houver sangramento incomum é um sinal que a morte tenha sido por afogamento. O intestino também é verificado, assim como os demais órgãos que podem indicar a razão do óbito.

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No caso de um pulmão com pus pode significar que o morto tinha pneumonia. Mas se o órgão estiver inchaço pode ser um indício de asfixia, além disso, se estiver cheio de água então o mais provável é que tenha sido afogamento. Quando a massa encefálica se apresenta espalhada é um claro sinal de fratura grave no crânio. Enquanto isso, órgãos pálidos significam hemorragia, ou seja, grande perda de sangue. Já se os olhos possuírem pequenos vasos rompidos o mais provável é que a morte tenha como causa asfixia ou estrangulamento.

Como é feita uma autópsia - Passo 5
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Depois de analisar os órgãos do abdômen e do tórax, chega a hora de avaliar o cérebro, o que é feito cortando o couro cabeludo de uma orelha a outra. O corte inicia atrás da orelha e segue pela testa com uma serra elétrica. Com isso, é possível afastar o couro cabeludo e retirar a tampa do crânio e acessar o cérebro, que deve antes ser desconectado dos nervos que o conectam ao corpo, como é o caso dos nervos ópticos, que estão ligados aos olhos. Também é cortada a medula espinal onde se liga com o cérebro.

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Ao final, quando se espera que já tenha se comprovada a causa da morte, os órgãos são colocados no corpo que é então costurado, por meio de uma costura contínua. O trabalho é feito de maneira que no velório os cortes não possam ser percebidos, o que é feito com a ajuda das roupas e do cabelo que são postos de volta no cadáver. Já as pequenas partes que foram usadas para exames, como os toxicológicos, são incineradas. Todo o procedimento pode levar até oito horas, conforme a complexidade.

Como é feita uma autópsia - Passo 7

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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1 comentário
A sua avaliação:
Silvio
Eu gostaria de saber como era feito antigamente a necropsia ou autopsia, isso bem antes dos métodos modernos. Pois estou fazendo um curso e não consegui descobrir como era feita no passado, ou seja, nos séculos 16,17,18 e 19.
Obrigado
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