Como saber se tenho o hímen imperfurado

Como saber se tenho o hímen imperfurado

O hímen é uma membrana que se encontra na entrada da vagina e que possui orifícios pelos quais saem para o exterior tanto as secreções vaginais como o fluxo da menstruação. No entanto, pode ocorrer que estes orifícios não existam e, portanto, a abertura vaginal fique completamente coberta pelo hímen, o que torna impossível que o fluxo e a menstruação saiam de forma adequada. Esta condição é conhecida como hímen imperfurado e diz respeito a uma obstrução da vagina que se apresenta já desde o momento do nascimento e da qual se desconhece a causa. Uma vez diagnosticada, será necessário submeter-se a uma pequena cirurgia para resolver o problema. Continue lendo este artigo de umComo.com.br em que explicamos como saber se tenho o hímen imperfurado e de que forma isso deve ser tratado.

Sinais e sintomas do hímen imperfurado

A imperfuração do hímen, em geral, não causa sintomas até à etapa da puberdade, quando tem lugar o início do período menstrual. É nesse preciso momento em que a menina afetada sofre em consequência do que se denomina amenorreia primária, que é a ausência da menstruação apesar do seu desenvolvimento. Isto ocorre porque o fluxo de sangue não pode sair para o exterior porque o hímen não conta com nenhum orifício e bloqueia toda a abertura da vagina. A ausência da menstruação deve ser um motivo urgente de consulta ginecológica, pois será a única forma de obter um diagnóstico médico correto e seguro para poder iniciar o tratamento ou o procedimento que cada caso precise.

Os sintomas de hímen imperfurado podem se manifestar quando o fluxo da menstruação não sai para o exterior e vai acumulando na vagina, no útero e na trompas de Falópio. Esta situação pode dar lugar a sintomas como os que explicamos de seguida:

  • Dores na parte inferior do abdômen, que podem ser de caráter cíclico.
  • Sensação de inchaço ou presença de massa na zona inferior do abdômen.
  • Dores de estômago.
  • Dores nas costas.
  • Retenção urinária (sintoma ocasional).
  • Prisão de ventre (sintoma ocasional).

Diagnóstico do hímen imperfurado

Geralmente, o hímen imperfurado é diagnosticado no nascimento, quando o médico ao observar a zona genital da recém-nascida vê que o hímen cobre a abertura vaginal em sua totalidade e não há nenhum orifício.

Caso se diagnostique na puberdade com a paciente recorrendo à consulta por amenorreia ou sintomas como os que descrevemos na seção anterior, o médico realizará uma exploração física e abrangente da pelve e da área genital e, além disso, poderá solicitar a realização de alguns exames como uma ecografia e outros exames para ter a certeza de que se trata de imperfuração do hímen e não de outro problema de saúde. Com a ajuda destes exames, também será possível avaliar a quantidade e o volume do fluxo sanguíneo acumulado, o que será determinante para o posterior tratamento e a evolução da paciente.

Tratamento do hímen imperfurado

O tratamento do hímen imperfurado consiste em uma intervenção cirúrgica simples através da qual são feitas aberturas sobre o hímen para extrair a membrana extra e permitir a saída do fluxo menstrual e das secreções vaginais. É importante referir que quando esta condição for diagnosticada no momento do nascimento, se esperará que a menina cresça e tenha iniciado a puberdade para realizar esta operação; isto é feito normalmente quando os seios estão se desenvolvendo, aparece um pouco de pelo pubiano, mas a menstruação ainda não chegou; isto pode ocorrer por volta dos 8 ou 9 anos de idade.

A intervenção cirúrgica não costuma implicar maiores complicações, pois as possibilidades de danificar outros órgãos internos é praticamente nula, já que a operação é realizada na zona mais externa e superficial da área genital feminina. Do mesmo modo, o risco de infecção ou sangramento abundante é mínimo e caso se apresentassem problemas desta índole, seriam muito fáceis de tratar e resolver.

Por outro lado, convém deixar claro que o fato de ter de se submeter a este tipo de cirurgia não implica problemas de fertilidade nem reduz as chances de ter filhos no futuro, pois em quase nenhum caso são afetados os órgãos que interferem na fecundação e na gestação. No entanto, é necessário um diagnóstico e um tratamento precoces, já que caso seja detectado de forma muito tardia ou não for tratado, poderá aumentar as possibilidades de sofrer condições como endometriose, adenose vaginal ou hemoperitôneo.

Cuidados e precauções após a cirurgia

Depois da intervenção cirúrgica, é fundamental ter em conta uma série de medidas e cuidados que garantam o bem-estar da paciente e permitam que a ferida se cure o quanto antes. Assim, deve-se prestar especial atenção aos seguintes cuidados:

  • Fazer repouso durante as primeiras 24 horas após a operação. No geral, no segundo dia a paciente já está em boas condições e pode seguir a sua vida normal, mas devem ser evitadas as atividades físicas e/ou grandes esforços.
  • É recomendável evitar o consumo de comidas irritantes durante as primeiras 24 horas depois da intervenção.
  • Não é necessário fazer um curativo específico das feridas, pois estas são muito pequenas e internas, pelo que irão se curar por si só.
  • É possível que o médico recomende a introdução de um dilatador na vagina durante uns 15 minutos por dia após a operação. Desta forma, a incisão não se fechará e a abertura vaginal será mantida.

É provável que o médico solicite uma revisão médica com a paciente aos 8, 15 e 30 dias após a intervenção para conferir como estão evoluindo as feridas e a sua cura. Será fundamental comparecer com urgência a um centro médico caso se apresentem sinais de infecção após a cirurgia, como dores, secreção de pus ou febre alta, ou caso se observe que a abertura vaginal está fechando ou o dilatador não penetra com facilidade e provoca incômodos no ato de o inserir.

Veja também: Como saber se o hímen foi rompido

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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