
Com a gravidez ocorre uma série de modificações anatômicas e funcionais que atingem em maior ou menor grau e quase sem exceção todos os órgãos e sistemas. Estas mudanças representam a resposta do organismo materno a uma adaptação e maior demanda metabólica imposta pelo feto. O conhecimento destas modificações tem importância, porque poderiam ser interpretadas erroneamente como desvios patológicos. A seguir, em umComo.com.br serão descritas as alterações respiratórias da grávida.
Durante a gravidez, o maior requerimento de oxigênio, determinado pelo feto, provoca mudanças respiratórias significativas.
Após a 20ª semana, aumenta o volume-minuto respiratório e, portanto, a ventilação alveolar.
A ventilação alveolar representa o ar que entra em contato com os alvéolos, isto é, onde o sangue basicamente adquire oxigênio e solta anidrido carbônico.
Este aumento deve-se a um maior volume de ar corrente, com escasso ou nulo aumento da frequência respiratória.
A capacidade vital não é modificada, ainda que exista uma redistribuição de seus componentes: a capacidade inspiratória aumenta à custa da reserva expiratória, de modo que o pulmão encontra-se mais colapsado no final da expiração normal.
O volume residual e o volume pulmonar total estão reduzidos.
Durante a gravidez aumenta o consumo de oxigênio em 20%, ainda que proporcionalmente seja menor que o aumento de sua oferta, que ascende até 60 a 65%, devido ao aumento do volume-minuto respiratório somado às alterações hemodinâmicas.
De modo que ocorre uma considerável hiperventilação que muitas vezes faz com que a grávida tome consciência da necessidade de respirar, fato que podemos qualificar como uma pseudo dispneia.
Este sintoma não está necessariamente relacionado com o exercício e, de maneira paradoxal, pode aparecer enquanto a grávida se encontra sentada, e não, pelo contrário, enquanto está de pé.
Por outro lado, não se pode falar de dispneia da gravidez, já que ficou comprovado que a resistência à respiração torna-se menor durante a mesma.
Também a hiperventilação da gravidez faz com que a concentração alveolar de anidrido carbônico seja mais baixa que na mulher grávida.
A pressão de CO2 alveolar, que é de 37 a 40 mmHg na mulher não grávida, cai até 31 mmHg nas últimas semanas de gestação.
A progesterona participa na diminuição da pressão de CO2 alveolar.
Quanto ao tipo respiratório, predomina o tipo costal sobre o abdominal.
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Toda a gravidez deve ter check-ups regulares para prevenir complicações na mãe ou no bebê.
- Ainda que estas alterações sejam normais, diante de qualquer dúvida ou medo, procure um médico.