Como ser doador de órgãos

Como ser doador de órgãos

Embora tenha aumentando o número de pessoas que decidem se tornar doadoras de órgãos, é ainda longa a fila de pacientes que esperam a sua vez de receber um órgão ou tecido que salve a sua vida. Além disso, mesmo que existam fontes com informações diferentes, é possível dizer que uma única pessoa pode salvar a vida de sete a 20 pacientes, o que depende do número de órgãos e tecidos que podem ser aproveitados. Se você quer saber mais sobre o assunto, inclusive, como ser doador de órgãos veja as informações que o umCOMO reuniu para você.

O que fazer para doar órgãos

Embora existam campanhas para estimular as pessoas a serem doadores de órgãos, afixando informações em sua identidade ou em sua carteira de motorista, a verdade é que apenas se a família autorizar os órgãos da pessoa que faleceu podem ser passados a diante e salvar muitas vidas. Por isso, para ser doador de órgãos o interessado deve informar a sua família, não sendo preciso ter nenhum documento por escrito. No entanto, como nem todas as pessoas sabem o suficiente sobre o assunto e concordam com a doação, quem deseja ser um doador deve não apenas informar, mas sim, conversar abertamente sobre o assunto com os seus entes queridos.

Mesmo que se fale muito da doação de órgãos de pessoas falecidas, a verdade é que mesmo indivíduos vivos podem realizar a doação de órgãos múltiplos, como os rins e parte do pulmão, da medula óssea e do fígado, desde que o procedimento não afete o bem estar do doador. Nesse caso, é preciso ter pelo menos 21 anos e estar em bom estado de saúde. O mais comum é que haja a doação entre familiares, sendo que cônjuges e parentes até quarto grau podem ser doadores. Fora esses casos, são possíveis as doações de pessoas que não sejam parentes só com autorização judicial.

Como funciona a doação de órgãos

Muitos familiares de pessoas falecidas ou que estão à beira da morte têm medo de autorizar a doação de órgãos, uma vez que pensam que os médicos podem fazer algo de ilegal. No entanto, é importante saber que a retirada dos órgãos para doação apenas acontece quando é verificado que o paciente, que geralmente está na UTI – Unidade de Terapia Intensiva, teve morte encefálica. O mais comum é que isso ocorra com quem sofreu um derrame cerebral ou teve traumatismo craniano.

Além disso, quando é diagnosticada a morte encefálica, não existem dúvidas de que a pessoa esteja realmente morta. Para garantir a segurança do diagnóstico, o Conselho Federal de Medicina exige que sejam dois médicos de diferentes áreas que examinam o paciente, os quais não devem fazer parte das equipes de captação e de transplante. O exame é neurológico e avalia o estado do tronco cerebral. Também é feito um exame complementar para comprovar a morte encefálica, que é definida como a falta de fluxo sanguíneo em quantia suficiente para que o cérebro funcione. É preciso, por fim, constatar a inatividade metabólica cerebral e elétrica.

A partir desse momento, o falecido pode doar órgãos como o coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, intestino, córnea e mesmo tendão, veia, medula óssea e ossos. De forma geral, o procedimento de retirada dos órgãos deve ser bastante ágil, a fim de garantir que eles possam ser usados em outros pacientes. É o caso do coração, que deve ser retirado antes que ocorra uma parada cardíaca. É importante explicar que quando o cérebro está morto, a parada cardíaca é inevitável, mesmo que o coração continue batendo por algumas horas. Além disso, mesmo que ainda haja batimentos cardíacos, o paciente não consegue mais respirar sem os aparelhos.

O pulmão também precisa ser removido antes da parada cardíaca e, assim como o coração, deve ser entregue ao receptor em até seis horas. O tempo dos rins é um pouco maior, sendo que podem ser removidos do doador até meia hora depois da parada cardíaca e entregues ao receptor em dois dias. Enquanto isso, o pâncreas e o fígado, embora precisem ser removidos antes do coração parar, eles podem esperar um dia inteiro para serem implantados.

Já as córneas podem ser removidas do doador até seis horas após a parada cardíaca, sendo que aguentam até sete dias para serem doadas. Os ossos são os que têm uma maior durabilidade, podendo ser transplantados até cinco anos após a morte do doador, porém, eles devem ser retirados em até seis horas após o coração parar de funcionar.

Quem recebe os órgãos doados

No Brasil, cada pessoa que está esperando por um órgão está em uma lista gerenciada pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, que é controlada pelo Ministério Público. Para definir quem vai receber os órgãos, existem duas regras, assim, são entregues aos pacientes que primeiro estão na lista, além de ser considerada a urgência de cada caso.

No entanto, conforme a situação pode ser dada a preferência aos pacientes que possuem doenças de fígado mais graves, bem como aos menores de 18 anos. Dessa forma, quando é identificada uma doação de órgãos, o hospital informa a central de transplantes do estado brasileiro onde ocorreu a morte do doador. Assim, a central se responsabiliza pelo encaminhamento dos órgãos e tecidos aos receptores.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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