Como tratar a epicondilite

Como tratar a epicondilite

A Epicondilite aparece na forma de uma dor localizada na inserção dos músculos epicondilianos, principalmente extensores, que aumenta com a pressão local sobre o epicôndilo, pela extensão ativa do punho e por sua flexão passiva. Esta doença costuma aparecer no braço mais usado. Pode ser devido a diferentes processos patológicos como: tendinite, bursite ou periostite de diversas etiologias. Esta doença também tem outro nome: O cotovelo de tenista, já que é uma patologia muito típica nestes atletas. A seguir, explicamos como a epicondilite é tratada. Também é comum em jogadores de beisebol, golfe (apesar de que o cotovelo de golfista deve ser tratado de uma forma um pouco especial), padel, basquete e inclusive hóquei ou rugby.

Passos a seguir:
1

Como em todas as tendinites ou bursites provocadas por excesso de uso, é necessário evitar os gestos que reproduzam a dor. A aplicação local de calor ou de gelo pode aliviar. As massagens com pomadas anti-inflamatórias também podem contribuir à melhoria.

2

O uso de uma faixa elástica de antebraço com placa rígida colocada sobre os músculos epicondilianos a 6 cm do epicôndilo, descarrega a tração do músculo sobre o epicôndilo e permite realizar alguns exercícios com menos dor.

3

A evidência contínua sendo insuficiente para poder recomendar ou descartar o uso de AINES orais. Parece que as infiltrações com corticoides podem ser mais efetivas a curto prazo, apesar destes benefícios claros a curto prazo reverterem paradoxalmente após 6 semanas com altos índices de recaída, sendo aconselhável usar as infiltrações com a máxima precaução.

4

Técnica da infiltração: O paciente coloca-se sentado com o cotovelo flexionado a 90º e a mão em pronação. A infiltração é realizada no ponto de máxima dor, diretamente sobre o epicôndilo com agulha de bisel longo e, enquanto se injeta o líquido, aplicam-se diversas punções no periósteo a modo de escarificação.

5

Em alguns estudos foram descobertas algumas técnicas de fisioterapia (exercícios de alongamento e fortalecimento, ultrassom) melhores do que "esperar para ver" e do que as injeções a partir da 6ª semana, o que também valida este tratamento como uma alternativa razoável, apesar de que os estudos existentes têm limitações metodológicas.

6

O tratamento com onda de choque não proporciona benefícios, nem no alívio da dor nem na função na epicondilite. Também podemos aplicar gelo na área dolorida para acalmar, mas devemos lembrar que isso não eliminará a epicondilite.

7

Excepcionalmente, em casos que não melhoram com tratamento conservador, a desbridação cirúrgica da área pode resolver. Não existem estudos conclusivos sobre a eficácia destes métodos.

8

O tratamento da epicondilite também deve ser preventivo e estas são as ações a realizar:

  • Reduzir as atividades que causam dor
  • Modificar as atividades que pioram a dor
  • Diminuir o tempo ou intensidade da atividade
  • Fazer descansos e alongamentos
  • Usar uma cotoveleira elástica ou uma férula para punho e, em alguns casos, imobilizar com gesso
  • Um programa de alongamentos pode ser útil para diminuir a tensão do músculo sobre o tendão afetado. Os alongamentos incluem o braço afetado, assim como o pescoço, parte superior das costas e ombro, mão, punho, antebraço e tríceps.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

Se pretende ler mais artigos parecidos a Como tratar a epicondilite, recomendamos que entre na nossa categoria de Doenças e Efeitos Secundários.