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Como usar a ampicilina

Redação umCOMO
Por Redação umCOMO. Atualizado: 16 janeiro 2017
Como usar a ampicilina

A ampicilina é um antibiótico, derivado da penicilina, muito usado para tratar infecções por bactérias. Em umComo.com.br veremos como usar a ampicilina, para que é usada, os efeitos colaterais que pode produzir, apresentações farmacêuticas, posologia e precauções ao tomá-la.

Índice

  1. Para que serve a Ampicilina
  2. Como tomar Ampicilina
  3. Precauções
  4. Efeitos colaterais
  5. Gravidez e lactância
  6. Excipientes

Para que serve a Ampicilina

A ampicilina é usada para tratar uma série de infecções produzidas por bactérias que sejam sensíveis a este antibiótico, como por exemplo:

  • Meningite bacteriana. A ampicilina é eficiente contra a maioria de patogênicos que causam esta doença.
  • Infecção do trato geniturinário, incluindo a gonorreia.
  • Infecções do trato respiratório superior e ORL: faringite bacteriana, sinusite e otite média.
  • Infecções do trato respiratório inferior: Pneumonias e bronquite não transmitidas dentro do âmbito hospitalário.
  • Infecções do trato gastrointestinal: salmonelose.
  • Infecções da pele e tecidos moles.
  • Infecções neonatais.
  • Infecções odontoestomatológicas, produzidas por cirurgias, septicemias, endocardite bacteriana ou febre tifoidea, entre outras.

Como tomar Ampicilina

Quando se decide administrar ampicilina por via oral:

  • Crianças: Até aos 14 anos de idade a dose recomendada é de 100 a 200 mg por cada quilo de peso da criança, a cada 6 horas por pelo menos 7 dias.
  • Adultos: De 500 mg a 1 g por via oral, a cada 6 horas durante 7 a 10 dias dependendo do tipo de infecção e severidade do quadro.

Para a administração intravenosa:

  • Adultos e crianças que pesam mais de 20 kg:

A dose normal é de 500 mg via intravenosa ou intramuscular a cada 6 horas; podem ser necessárias doses maiores para infecções graves ou crônicas, até 14 gramas por dia.

  • Crianças que pesam 20 kg ou menos:

A dose habitual é de 100 mg/kg/dia no total, administrados a cada 6 horas.

  • Neonatos: intravenoso ou intramuscular. Dose de 25-50 mg/kg/dose. A frequência de administração é ajustada em função da idade gestacional do paciente e dias de vida.

Já que o jejum aumenta sua absorção e, com isso, seu efeito, deverá ser administrada pelo menos meia hora antes ou duas horas após refeições.

O tratamento deve ser continuado ­durante o tempo indicado pelo médico responsável, nunca deve ser interrompido antes, nem quando tenham desaparecido os sintomas.

A ampicilina vem embalada em forma de cápsulas, solução líquida e gotas pediátricas para tomar por via oral. Deve-se agitar bem as gotas pediátricas e a solução líquida antes de cada uso para misturar o medicamento de forma homogênea. É aconselhável usar o conta-gotas que vem com a embalagem para medir a dose das gotas pediátricas. As gotas e a solução líquida podem ser colocadas na língua das crianças ou adicionadas ao leite materno, leite, suco de frutas, água ou qualquer outro líquido frio, que deve ser tomado imediatamente. As cápsulas devem ser tomadas inteiras sem mastigar e com um copo grande de água.

Nas formas de administração intravenosa deve-se reconstituir o pó com o conteúdo da ampola (água para injeção). Depois de preparado, usar imediatamente já que o período de estabilidade é muito curto. Quando se usa a via intravenosa, a ampicilina é compatível com a maioria dos fluídos usados habitualmente: soro fisiológico, soro glicosado 5% ou 10%, mas nunca deve ser misturado com sangue, plasma, hidrolisados de proteínas, soluções de aminoácidos, nem com emulsões lipídicas. A ampicilina é incompatível na mesma solução com aminoglicosídeos, metronidazol, anfotericina B, heparina e cortisol.

Se esqueceu de tomá-la em algum momento, é recomendável tomar a dose esquecida assim que lembrar, no entanto, se já for a hora da seguinte, deve pular a que não tomou e seguir com a dose regular. Não deve tomar uma dose dupla para compensar a que esqueceu.

Deve-se conservar à temperatura ambiente a não mais de 30°C, em local seco. Nunca deve ser congelada.

Precauções

Recomenda-se reservar a administração intravenosa ou intramuscular de ampicilina para infecções de moderadamente severas a graves, e para pacientes que não podem ingeri-la nas formas orais, tanto em cápsulas como xaropes.

Não é recomendada para pacientes com mononucleose infecciosa ou outras infecções virales, por irrigação de erupção medicamentosa, conhecida também como rash. Apesar de geralmente ser bem tolerada e possuir baixa toxicidade, aconselha-se, durante os tratamentos prolongados, que as funções renal, hepática e hematopoética sejam avaliadas periodicamente.

A prescrição de ampicilina em ausência de uma infecção bacteriana é pouco provável que beneficie ao paciente, aumentando o risco de desenvolvimento de bactérias resistentes ao medicamento.

A ampicilina deve ser administrada com precaução em pacientes com insuficiência renal, ajustando a dose e frequência de acordo com a severidade do problema.

Se apresentar diarreia após iniciar o medicamento, deverá comunicá-lo ao seu médico o quanto antes, assim como diante do aparecimento de sinais de candidíase vaginal.

Deve comunicar ao médico se está tomando algum dos medicamentos a seguir, já que podem interagir com a ampicilina:

Alopurinol: maior possibilidade de erupção cutânea, principalmente em pessoas com ácido úrico elevado.

Antibióticos bacteriostáticos: Cloranfenicol, eritromicina, sulfonamida ou tetraciclinas podem interferir na ação da ampicilina.

Anticoncepcionais orais: Podem ser menos eficientes e apresentar sangramento durante o ciclo.

Probenecida e Dissulfiram: Pode aumentar os níveis de ampicilina no sangue e provocar toxicidade.

Efeitos colaterais

Gastrointestinais: são similares aos de outros antibióticos e são devidos à redução da flora intestinal: Náuseas, vômitos, anorexia (falta de apetite), diarreia, gastrite, dor abdominal e enterocolite. Estas reações são normalmente associadas às doses orais da ampicilina.

Reações de hipersensibilidade: Com muita frequência produz erupção cutânea eritematosa, com coceira de intensidade média. A erupção pode chegar a cobrir o corpo inteiro, solas dos pés, palmas das mãos e mucosa bucal. Normalmente desaparece em um período de três a sete dias.

Outras reações de hipersensibilidade: Prurido, urticária, eritema multiforme e casos ocasionais de dermatite esfoliativa. A anafilaxia é a reação mais grave que pode acontecer, associada à dose por via intravenosa de ampicilina. Neste caso, produz-se dificuldade para respirar, para engolir e perda de consciência.

Se aparecer qualquer uma destas reações a ampicilina deve ser suspensa, a não ser que, na opinião do médico, a doença tratada coloque em risco a vida do paciente, e que só pode ser tratada com este antibiótico.

Fígado: Observou-se um leve aumento dos valores da transaminase glutâmico­oxalacética sérica (SGOT).

Sistemas hematopoiético e linfático: Foi observada anemia, trombocitopenia, púrpura trombocitopênica, eosinofilia, leucopenia e agranulocitose durante o tratamento com ampicilina.

Estas reações são geralmente reversíveis ao suspender o tratamento.

O uso prolongado de antibióticos pode favorecer a proliferação de fungos. Caso aconteça uma sobre infecção, deve ser feito o tratamento adequado.

Sistema nervoso central: cefaleias, agitação, insônia, e confusão, porém não são muito frequentes.

Gravidez e lactância

Deverá ser usada a ampicilina na gravidez só quando for claramente necessário já que não existem estudos adequados e bem controlados feitos com mulheres grávidas.

A ampicilina é excretada no leite materno e pode conduzir à sensibilidade do bebê a este antibiótico, diarreia e erupções cutâneas; portanto, o médico deverá decidir se interrompe a lactância ou o uso da ampicilina, considerando a importância do medicamento para a mãe.

Excipientes

Os excipientes são os conservantes e demais produtos que formam o medicamento, variando em função de sua apresentação, e devem ser evitados em caso de alergia aos mesmos:

  • Apresentação para via oral: Sacarose, benzoato de sódio.
  • O conteúdo de sódio na forma intravenosa é de 2,9mEq/grama de ampicilina.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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