Mulher grávida

Mudanças no sistema cardiovascular da mulher grávida

Mudanças no sistema cardiovascular da mulher grávida

Com a gravidez ocorre uma série de modificações anatômicas e funcionais que abrange em maior ou menor medida e quase sem exceção todos os órgãos e sistemas. Estas mudanças representam a resposta do organismo materno a uma adaptação e maior demanda metabólica imposta pelo feto. O conhecimento destas modificações é importante, porque poderiam ser interpretadas erradamente como desvios patológicos. A seguir serão descritas as mudanças cardiovasculares da gestante.

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Passos a seguir:

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O volume minuto de uma mulher grávida normal aumenta de 4,5 lt/min (valor médio normal de uma mulher não grávida) para 6 lt/min.

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Este aumento de 1,5 lt/min é registrado durante as primeiras 10 semanas de gestação, mantendo-se até o final. Depende do aumento da frequência cardíaca e do volume sistólico.

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A frequência cardíaca pode aumentar entre 15 e 20 batimentos por minuto.

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Este valor deve ser tomado com a grávida em repouso em decúbito lateral, entre as contrações uterinas e fora do trabalho de parto. A variação é ampla pela ação de muitos estímulos.

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De acordo com a citada elevação do volume minuto e da frequência cardíaca materna, a quantidade de sangue expulso pelo coração (volume sistólico) em cada contração também aumentará.

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O aumento do volume minuto e da oferta de oxigênio aos tecidos é proporcionalmente maior que o aumento de seu consumo. Este fato faz com que retorne uma maior quantidade de oxigênio ao coração pela circulação venosa, diminuindo sua diferença arteriovenosa.

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As pressões sistólicas e diastólicas diminuem na primeira metade da gestação de 5 a 10mmHg. Perto do final atingem os valores pré-gestacionais.

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Todo aumento da pressão sistólica acima de 140mmHg e/ou da diastólica acima de 90mmHg deve ser investigado e corrigido.

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Quando os valores da pressão diastólica e sistólica estão por baixo de 55 e 95mmHg, respectivamente, também podem se apresentar complicações fetais.

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Durante o trabalho de parto as contrações uterinas provocam um aumento da pressão arterial sistêmica sistólica e diastólica (10 - 12mmHg).

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A resistência ao fluxo sanguíneo, que é calculada a partir do volume minuto e da pressão arterial média, encontra-se diminuída.

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A pressão venosa aumenta abaixo do diafragma, em especial nos membros inferiores. A partir da 30ª semana de gravidez é um fato de observação constante.

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Este aumento da pressão venosa contribui para a formação de varizes em pernas, vulva e vagina, e de hemorroidas; interfere, além disso, na formação do edema dos membros inferiores.

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O coração desloca-se para cima e para frente; aumenta a área cardíaca sem hipertrofia; podem aparecer sopros funcionais sem alteração orgânica e sem insuficiência funcional.

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No eletrocardiograma pode ser comprovado desvio do eixo elétrico para a esquerda (15ª aproximadamente) e onda T e segmento ST achatados; menos frequentes são a baixa voltagem do complexo QRS e o aparecimento de ondas Q profundas.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Conselhos

  • A gravidez deve ser controlada por um médico para prevenir fatores de risco tanto para a mãe como para o bebê.
  • Apesar de as alterações serem normais, diante de qualquer dúvida ou temor, consulte um médico.
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