O que é esclerose óssea

O que é esclerose óssea

O corpo humano é composto por 206 ossos, que são tecidos conjuntivos duros compostos por fibras de colágeno, proteoglicanas e principalmente por cálcio. O esqueleto humano tem função de sustentação, movimentação, produção de células glóbulos vermelhos do sangue e proteção de órgãos internos principalmente no tórax, onde encontra-se coração, pulmão e outros tecidos frágeis que necessitam da ossatura das costelas para não serem danificados.[1] Como podemos ver, os ossos têm diversas funções sem as quais a vida humana seria inviável, por isso, a saúde dos ossos é de extrema importância, entretanto, diversas doenças podem afetar o sistema esquelético, sendo uma delas a esclerose óssea.

Se você desconfia que está passando por esse problema ou então foi diagnosticado com a doença e deseja aprender um pouco mais, entenda o que é esclerose óssea e outras doenças relacionadas nesse artigo do umCOMO.

O que é a esclerose óssea

Se você quer saber o que é esclerose óssea, fique sabendo que a doença, também chamada de osteosclerose ou de esclerose óssea idiopática, é uma condição na qual a densidade do osso aumenta significativamente, essa condição também pode ser descrita como um anormal endurecimento do tecido do osso[2]. A doença caracteriza-se pelo endurecimento, engrossamento ou aumento da densidade principalmente causada por lesões que contraíram os ossos, o que pode ocorrer até mesmo na arcada dentária, ocasionando em uma esclerose óssea no dente. Os tipos de esclerose óssea são os explicados abaixo.

Osteoma

É um tumor benigno que surge a partir dos ossos[3], geralmente na ossatura do crânio mas que pode surgir em outras partes do rosto, gerando, por exemplo, a esclerose óssea mandibular, ainda que também seja comum na bacia e na omoplata, podendo surgir com menor frequência em outras regiões do corpo[4]. Se você se pergunta o que é esclerose óssea idiopática, saiba que a doença pode ser gerada por um osteoma, que caracteriza-se pelo um crescimento lento e nunca se tornam malignos, podendo aparecer em qualquer pessoa de qualquer idade.

Um sintoma bastante peculiar do osteoma osteoide é a dor noturna[4] na região de surgimento do tumor, ou seja, se você tiver osteoma e esclerose óssea no ombro, será nessa articulação que a dor surgirá, o mesmo vale para a esclerose óssea na coluna e em outras partes do corpo.

Osteoartrite

Também chamada de artrose, é o que pode ser chamada de esclerose das articulações, uma degeneração da cartilagem que pode ser causada por fatores genéticos, etnia, idade, sexo, obesidade, atividades ocupacionais e alterações biomecânicas articulares.[5] A osteoartrite pode afetar qualquer articulação, mas é mais comum que seja diagnosticada esclerose óssea na coluna, no joelho, na coluna, no quadril e também a esclerose óssea no ombro. Os sintomas da osteoartrite estão localizados na articulação afetada, causando dificuldade na movimentação e possibilidade de deformação da articulação em casos onde o diagnóstico não for feito ou quando o tratamento não for realizado.

A osteoartrite pode dever-se a um desgaste natural das articulações, devido ao excesso de esforço, envelhecimento ou desgaste por prática de exercícios intensos, excesso de peso, alterações hormonais, traumatismo, como fraturas e o uso repetido destas no trabalho ou na prática de exercício físico, por isso, ao contrário do osteoma, a osteoartrite é mais comuns em pessoas idosas, ainda que possa surgir em jovens.

Por ser causada por desgastes, é possível tomar medidas de precaução contra a artrose, veja aqui como prevenir a artrose.

O que é esclerose óssea subcondral

O osso subcontral é o tecido subarticular cujas principais funções são dar suporte à cartilagem articular e absorver a tensão dos impactos mecânicos[6], ou seja, o tecido é essencial para preservar a integridade da articulação e também para garantir a movimentação. A esclerose subcondral é uma doença que pode ser considerada uma evolução da osteoartrite e ocorre justamente quando esse tecido intermediário é danificado. Para que se chegue a esse ponto a articulação passa pelo seguinte processo:

  1. Há o desgaste da cartilagem, que é um tecido flexível e razoavelmente elástico que se encontra entre ossos de uma articulação e funciona como um amortecedor entre os ossos;
  2. Com o desgaste das articulações, os ossos ficam sem proteção e acabam entrando em contato direto toda vez que há movimentação dessa específica articulação;
  3. Para evitar maiores danos, o corpo tenta regenerar o tecido danificado e acaba produzindo uma quantidade óssea maior do que seria necessário para a região, o que agrava a situação, gerando uma esclerose óssea;
  4. Com o contato direto entre os ossos, ainda após o engrossamento, ambos passam a também se desgastar de forma irreversível, passando por um processo degenerativo.

Por ser um problema degenerativo, mesmo com tratamento, a doença pode deixar diversas sequelas, principalmente quando atinge pessoas da terceira idade, sendo bastante comum o surgimento da esclerose óssea subcondral no quadril.

Sintomas da esclerose óssea subcondral

A esclerose óssea subcontral é uma doença séria que pode prejudicar a movimentação da região afetada, por isso, é importante prestarmos atenção nos sintomas para irmos atrás de um especialista que poderá avaliar nosso caso e oferecer tratamento adequado. Os sintomas mais frequentes desse tipo de esclerose são:

  • Dor na articulação;
  • Crescimento de esporões;
  • Perda parcial ou total do movimento da região afetada.

Por calhar no crescimento de esporões e alterar obrigatoriamente a ossatura da região danificada, a esclerose óssea pode ser detectada com radiografia, bastando uma análise médica para constatar o problema. Se o problema for, por exemplo, uma esclerose óssea no quadril, um simples exame de imagem da região será capaz de confirmar a suspeita.

Agora que você já sabe o que é esclerose na coluna e aprendeu sobre todas as possibilidades e sintomas da doença, veja também tratamento e causas da esclerose subcontral.

O que é esclerose sistêmica

A esclerosa sistêmica é uma doença pouco frequente causada pelo excesso de produção de colágeno, chamado de esclerodermia, tendo como característica um enrijecimento da pele em seu início. A esclerose sistêmica é uma complicação gerada pela esclerodermia e uma é doença crônica e degenerativa que pode atingir órgãos, o que inclui a pele, o sistema cardiovascular, os pulmões, o trato gastrointestinal e os rins[7].

Sintomas da esclerose sistêmica

O diagnóstico da esclerose sistêmica é feito a partir da localização dos sintomas na pele, ferimentos em órgãos internos e também através de exame de sangue e seus sintomas são os listados abaixo:

  • Inchaço;
  • Endurecimento da pele;
  • Formigamento;
  • Dor nas articulações;
  • Alteração na cor da pele afetada, que pode ficar esbranquiçada ou azulada.

Por ser uma doença autoimune, a cura da esclerose sistêmica não existe, entretanto, é possível fazer uso de anti-inflamatórios para aliviar dores. O tratamento ideal para cada caso pode variar, o que também depende da opinião do especialista que estiver avaliando o quadro, por isso, é importante consultar um médico especializado, tendo assim como saber quais são as melhores formas de aliviar os sintomas da doença.

Sugestão: Qual a diferença entre artrite e artrose

Tratamentos para esclerose óssea

Não existe cura para a esclerose óssea, apenas tratamentos que ajudam a reduzir danos e também os sintomas, sendo eles:

  • Fisioterapia;
  • Eletroterapia;
  • Exercícios físicos leves que ajudem a fortalecer a musculatura ao redor da articulação danificada;
  • Quiropraxia, visando a melhora da postura e, consequentemente, o menor esforço da articulação danificada;
  • Perda de peso.

Em regiões que não atrapalham a movimentação, como no caso da esclerose óssea dentária, a tendência é que o paciente protele o tratamento apesar da dor por não pensar ser nada muito grave, entretanto, quando a doença está em locais mais delicados como a esclerose óssea na coluna, o tratamento deve ser feito o quanto antes pois, caso contrário, o paciente poderá inclusive perder mobilidade.

Em casos mais graves é necessária intervenção cirúrgica que pode substituir a articulação danificada por uma prótese.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

Se pretende ler mais artigos parecidos a O que é esclerose óssea, recomendamos que entre na nossa categoria de Doenças e Efeitos Secundários.

Referências
  1. ANDRADE FILHO, E. P. de; PEREIRA, F. C. F. Anatomia Geral. Instituto Superior de Teologia Aplicada, Nº 1, Sobral, 2015. Disponível em: <https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf. Acesso em: 25/09/2020/>.
  2. CARDOSO, F. N. de C.; YANAGUIZAWA, M.; TABERNER, G. .S; KUBOTA, E. S.; FERNANDES, A. da R. C.; NATOUR, J. Contribuição da Avaliação Radiológica no Hiperparatireoidismo Secundário. Revista Brasileira de Reumatologia, V. 47, Nº 3, pp. 207-211, Botucatu, 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbr/v47n3/10.pdf/>. Acesso em: 25/09/2020.
  3. CAUBI, A. de F.; MOURA, R. de Q.; BORBA, P. M.; COSTA, D. F. N.; BISPO, L. M. M. Osteoma em mandíbula: quando tratá-lo cirurgicamente. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Vol. 13, Nº 1, pp. 53-58, Camaragibe, 2013. Disponível em: <https://www.revistacirurgiabmf.com/2013/1/8.pdf/>. Acesso em: 25/09/2020. Acesso em: 25/09/2020.
  4. LOURES, E. de A.; NASCIMENTO, B. F. do; AMORIM, M. de C.; LOURES, C. N. Osteoma osteoide no osso ilíaco: relato de dois casos. Revista Brasileira de Ortopedia, Vol. 47, Nº 2, pp. 260-262, 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbort/v47n2/v47n2a20.pdf/>. Acesso em: 25/09/2020.
  5. SILVA, N. A. da; MONTANDON, A. C. de O. e S.; CABRAL, M. V. da S. P. Doenças osteoarticulares degenerativas periféricas. Einstein, Vol. 6, Supl. 1, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/750-Einstein%20Suplemento%20v6n1%20pS21-28.pdf/>. Acesso em: 25/09/2020.
  6. SANZ, S. C.; BRUGES-ARMAS, J. HERRERO-BEAUMONT, G. Importância do osso subcondrial e da membrana sinovial na patogenia e no tratamento da osteoartrose. Acta Reumatológica Portuguesa, Vol. 31, pp. 205-213, 200