O que é Síndrome de Fournier
Uma doença devastadora, com um alto índice de mortalidade e de evolução extremamente rápida, pouco conhecida graças à sua baixa incidência, mas permanece uma doença perigosíssima. Vamos entender o que é a Síndrome de Fournier, de seguida neste artigo de umComo.
Índice
Síndrome de Fournier
A síndrome de Fournier nada mais é do que a necrose de tecidos subcutâneos na região do períneo, que se localiza entre a bolsa escrotal e o ânus, isso quer dizer que ela acontece quando há morte do tecido subcutâneo e posterior infestação por bactérias que se alimentam desse tecido.
A incidência dessa doença vem crescendo graças ao uso equivocado e abusivo de antibióticos, o que acaba por fazer uma seleção artificial de bactérias, pois as sobreviventes são mais devastadoras e resistentes a novos remédios.
Não há consenso entre os médicos do porquê essa doença se manifestar nessa região, mas estima-se que seja por causa da umidade, falta de higiene e baixa ventilação.
Evolução do quadro
A progressão é extremamente rápida, fazendo com que o dano ao doente seja extremo e fazendo a taxa de mortalidade estar em níveis alarmantes, com cerca de 50% de óbito após apenas sete dias do início da infecção. Poucas outras doenças são tão velozes e letais como a Síndrome de Fournier.
A doença se manifesta em doentes que estão, em geral, debilitados por outras doenças, muitas vezes acamados e sob efeitos de antibióticos fortíssimos. Esse é um dos fatores que faz com que a sua detecção seja complicada no início, pois se confunde com o efeito colateral da outra doença que está atacando o paciente.
No entanto dada a sua, ainda, raridade, o diagnóstico preciso e imediato pode não acontecer, uma vez que ela pode ser facilmente confundida com uma irritação, com outras infecções, como herpes, e até mesmo com outras doenças graves, mas de evolução mais lenta, como tumores, sejam eles cancerígenos ou não.
Sintomas do Síndrome de Fournier
O quadro de Síndrome de Fournier pode ser detectado dando atenção aos seguintes sintomas:
- Escurecimento do tecido: a região geralmente tem uma pigmentação mais intensa do que o restante do corpo, mas é importante estar atento a um escurecimento mais intenso.
- Inchaço: o escroto se torna maior, com aparência de esticado, e o toque causa dor no paciente.
- Taquipneia: conhecimento como respiração curta ou acelerada, o paciente passa a inalar e exalar mais rapidamente, como se tivesse praticado exercícios.
- Náusea e vômito.
- Alterações mentais: desde mudanças de humor até leves alucinações, esse sintoma é resultado, em geral, de septicemia, quando a infecção se espalha pelo corpo todo.
- Orquite: a inflamação dos testículos, que pode causar ejaculação de sangue, sangue na urina, dor no local e suor visível no escroto.
- Epididimite: a inflamação do epidídimo, um duto que fica ligado aos testículos, causando dor e ainda mais inchaço no local.
- Torção de testículo: graças à infecção o testículo pode inchar e girar em torno de si mesmo, causando o fechamento dos dutos que levem à uretra e piorando o quadro de dor.
- Hérnia estrangulada: hérnias ocorrem quando parte do intestino atravessa a parede do abdômen, se projetando para o saco escrotal ou o períneo. Com a necrose dessas regiões pequenos buracos podem surgir e se o intestino atravessar e ficar comprimido em um desses orifícios surge a hérnia estrangulada, o que é extremamente perigoso, pois pode fazer com que o intestino se rompa e o seu conteúdo se espalhe pelo interior do paciente.
- Abscesso escrotal: uma bolha dentro do saco escrotal que contém pus e outros detritos da infecção.
Como acontece o Síndrome de Fournier
A infecção se inicia através de pequenas feridas na região, que podem advir de cirurgias anorretais, e geniturinárias e apendiculares e a neoplasia.
Após qualquer cirurgia do tipo se deve ficar extremamente atento a qualquer sinal de inflação na região e sempre, sempre, comunicar ao seu médico qualquer alteração, dor ou desconforto. Nos primeiros quatro dias a doença é bem curável, com bom prognóstico para o paciente.
Como proceder no caso de Síndrome de Fournier
Por ser uma doença oportunista a atenção dada deve ser ainda maior, pois o paciente debilitado tem uma resistência menor do que outros indivíduos para combater infecções de forma geral.
Por aparecer em regiões geralmente recém operadas pode-se ignorar os sintomas no início, atribuindo-os outra causa qualquer, no que reside o maior perigo dada a velocidade de progressão dessa infecção.
Por isso, sempre fique atento a qualquer dos sintomas listados e alerte o seu médico perante o aparecimento de qualquer um deles.
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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