O que fazer em caso de suspeita de AVC

O que fazer em caso de suspeita de AVC

São altos os números de pessoas que morrem, todos os anos, por causa do acidente vascular cerebral, o AVC. Dados recentes apontam que esse número chega aos seis milhões. O problema ocorre quando uma obstrução ou rompimento de uma das veias que levam oxigênio para o cérebro interrompe esse fornecimento, provocando um dano cerebral. Quando os primeiros sintomas do quadro são identificados rapidamente é possível evitar que o problema tenha sequelas maiores. Além disso, é de extrema necessidade que as pessoas saibam o que fazer em caso de suspeita de AVC, inclusive, para ajudar amigos e entes queridos que estejam passando pelo também chamado derrame cerebral.

Passos a seguir:
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Para saber o que fazer em caso de suspeita de AVC, o primeiro passo é conhecer quais são os principais sintomas do acidente vascular cerebral. Entre eles, os mais comuns são: formigamento ou dormência em um lado do corpo ou mesmo em um dos membros, sendo que nesses locais pode ainda haver a perda da força. Além disso, quem estiver tendo um derrame cerebral pode perder a visão de um dos lados temporariamente, ficar com a boca desviada para um dos lados, começar a falar de maneira enrolada e mesmo não conseguir se comunicar e até mesmo perder a coordenação motora e/ou o equilíbrio. Se houver uma hemorragia cerebral, outro sinal é uma dor de cabeça intensa, podendo estar acompanhada de enjoo, vômito e sonolência.

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Uma diferença quando surgem esses sintomas em decorrência de um AVC, ao contrário de outras doenças, é que eles são súbitos, ou seja, podem iniciar de uma hora para a outra. Se você está junto de alguém que de repente começou a apresentar esses sinais, existem algumas recomendações importantes a serem seguidas, a fim de saber se realmente é um derrame. Uma delas é pedir para a pessoa que esteja com suspeita de AVC que eleve os braços na horizontal, sendo preciso observar se um dos braços não consegue se sustentar, o que pode indicar a perda de força. Outra recomendação é pedir para a pessoa sorrir, forçando o sorriso, nesse caso, se a boca entortar para um dos lados é mais um indício de que um dos lados do seu corpo está com fraqueza. Por fim, peça que ela fale uma frase um pouco mais complexa, como “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Avalie se a fala sai enrolada, sendo que ela pode nem mesmo conseguir falar isso, o que confirma a suspeita de AVC.

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Quando a suspeita de derrame cerebral é confirmada, o próximo passo é levar a pessoa ao pronto-socorro ou hospital mais próximo. Mas se você estiver longe de um desses locais, pode chamar a ambulância. O importante é escolher a forma mais rápida da pessoa ser atendida por um médico. O tempo que demora para o paciente ser atendido nessa situação pode fazer toda a diferença em relação à gravidade dos danos que ele vai sofrer. Para garantir a agilidade no procedimento, ao chamar a ambulância ou chegar ao hospital informe a quem lhe atender que é um caso de AVC. Também é importante se você puder informar ao médico que horas que os primeiros sintomas iniciaram.

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Já que um atendimento rápido é fundamental para reduzir as chances de danos irreversíveis, é de extrema importância que ao perceber os sintomas do AVC o paciente seja levado para o atendimento médico mesmo que os sinais diminuam. Da mesma forma, não se deve achar que é melhor esperar a dor passar para transportar o enfermo até o hospital. Uma das razões para essa pressa é que se o atendimento acontecer mais de três horas depois do início dos sintomas, os efeitos são consideravelmente mais graves. Além disso, em alguns casos, o médico deve dar ao paciente um remédio antitrombótico em até quatro horas e meia após os primeiros sinais de derrame.

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Também existem algumas recomendações sobre o que não fazer em caso de suspeita de AVC, como medicar a pessoa com remédios que possuam AAS, ou seja, o ácido acetilsalicílico. Isso porque esse fármaco ajuda a afinar o sangue, impedindo que se forme um novo coágulo na corrente sanguínea. Embora em um primeiro momento isso pareça positivo, na realidade, só vai piorar o quadro do paciente. É contraindicado ainda dar ao paciente algum remédio para pressão alta, caso ele seja hipertenso, sendo a lógica é a mesma, pode parecer que vai fazer bem, mas pode ser pior.

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A questão é que nenhum medicamento deve ser ministrado a quem está com suspeita de AVC até que o médico avalie a sua saúde. Por outro lado, é necessário verificar como está a glicose no sangue de pessoas com diabetes, porque quando os níveis estão descontrolados, os sintomas são parecidos com os do AVC, dando a falsa impressão que a pessoa está tendo um derrame quando na verdade é apenas a sua glicemia desregulada.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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