Por que tenho uma espinha na vagina

Por que tenho uma espinha na vagina

Apesar de não serem muito frequentes, é possível que em algum momento observe uma pequena espinha ou formação elevada e inflamada na sua zona íntima, fazendo com que você se pergunte sobre a causa do seu aparecimento. Nem sempre as espinhas ou protuberâncias na área vaginal são sinais de alarme, mas convém estar atenta a qualquer mudança que ocorra nesta zona, pois é extremamente sensível e delicada. Sim, terá que ir rapidamente a uma consulta médica se essas formações elevadas aparecerem acompanhadas de outros sintomas, pois é possível que sejam consequência de condições ou doenças mais graves que podem comprometer a sua saúde íntima. Continue lendo este artigo de umComo para identificar todas as possíveis causas e saber por que tem uma espinha na vagina.

Espinhas na zona genital

Por vezes, da mesma forma que aparecem em outras zonas do corpo, podem se formar pequenas espinhas na zona genital feminina, em áreas concretas como os lábios vaginais ou na periferia deles. Aparecem como uma espinha avermelhada que tem um ponto central branco, o que indica que há pus no seu interior e que é consequência de uma acumulação de gordura na zona.

Além disso, fatores como o uso de sabonetes agressivos, o atrito com tecidos sintéticos ou a aparecer é importante não apertar nem estourar e esperar que desapareça sozinha. Se após dois dias não desaparecer e piorar, então é possível que se trate de outro tipo de lesão e convém consultar um médico ou ginecologista.

Pelos encravados

O que é mais comum na zona genital feminina são os chamados pelos encravados, que é uma espinha que se forma quando um folículo piloso se infecta ao crescer sem poder sair à superfície; este é um problema ao qual se dá o nome de foliculite.

Neste caso, a espinha manifesta-se com muita vermelhidão, pus e possivelmente com uma inflamação local, além de poder ser acompanhada de dor intensa. Pode aplicar compressas de água quente na zona para favorecer a saída do pelo encravado, mas se perceber muita inflamação, dor ou uma infecção severa, deverá consultar um médico para iniciar o tratamento adequado, que pode incluir a administração de antibióticos tópicos ou orais segundo cada caso.

É conveniente que saiba que, na maioria das vezes, estes pelos encravados são a consequência de maus hábitos na rotina de depilação pubiana, portanto, para evitar seu aparecimento, convém ter em conta algumas recomendações, como por exemplo:

  • Esfoliar a zona com uma loção suave uma vez por semana.
  • Evitar a depilação pubiana com lâmina, pois é o método que mais provoca a formação de pelos encravados. Se for utilizar, aplique previamente uma espuma para barbear, use uma lâmina com várias lâminas e hidrate muito bem a pele ao finalizar a depilação.
  • Elimine o pelo seguindo sempre na direção do seu crescimento e nunca se depile a seco.
  • Se se depilar com cera, é importante que não utilize a mesma tira várias vezes.

Sugestão: Se esse é o seu caso, confira também o artigo caroço nos grandes lábios, o que pode ser?

Fungos vaginais

Se em vez de observar uma só espinha na vulva ou na vagina aparecerem muitas espinhas pequenas que, além disso são acompanhadas de coceira nos lábios vaginais e dentro da vagina, o mais provável é que se trate de uma infecção por fungos, sendo a candidíase vaginal a mais comum.

Além da coceira, outros sintomas que podem alertar sobre uma infecção deste tipo são mudanças importantes no fluxo vaginal, que pode ser mais abundante, branco, espesso e aquoso, com inflamação e vermelhidão na vulva e dores ao urinar e ao manter relações sexuais. Perante estes sintomas terá que ir ao seu ginecologista o quanto antes, pois será necessário um tratamento à base de medicamentos antifúngicos para acabar por completo com a infecção. Eles podem ser administrados de várias formas, seja de maneira tópica ou local por meio de pomadas ou pela inserção de óvulos na vagina, ou por via oral tomando cápsulas ou comprimidos durante um determinado período.

Se quiser obter mais detalhes a este respeito não hesite em consultar o artigo Como tratar os fungos vaginais.

Doenças de transmissão sexual (DST)

Há determinadas doenças de transmissão sexual que podem provocar o aparecimento de espinhas nos genitais femininos, como é o caso do vírus do papiloma humano (HPV). Apesar da infecção ser assintomática algumas vezes, em outras a mulher desenvolve as chamadas verrugas genitais, que são uma espécie de espinhas ou vultos finos, pequenos e suaves ao tato que costumam aparecer no interior da vagina, na pele que rodeia o orifício vaginal, no colo uterino ou dentro e ao redor do ânus.

O HPV se propaga muito facilmente ao manter relações sexuais com uma pessoa infectada, por isso se observar este tipo de espinhas na sua zona genital e previamente tiver mantido relações sexuais sem preservativo, é fundamental que entre em contato com seu ginecologista para fazer as revisões e os exames oportunos.

Por outro lado, também devemos mencionar o herpes genital, uma DST causada pelo vírus do herpes simples tipo 1 e tipo 2 que, apesar de não gerar sintomas significativos em alguns casos, em outros pode aparecer uma espécie de bolhas pequenas e dolorosas cheias de líquido nos lábios vaginais, na vagina, ao redor do ânus, nos glúteos ou nas coxas. Elas podem vir acompanhadas de outros sintomas como mal-estar generalizado, febre, dores musculares, etc.

Cisto de Bartholin

O cisto de Bartholin também pode levar você a achar que tem uma espinha na vagina, mas apesar de não ser uma espinha propriamente dita, pode parecer uma ao apalpar. O chamado cisto de Bartholin é uma acumulação de pus que leva ao aparecimento de uma protuberância em uma das glândulas de Bartholin, que estão situadas mesmo nas laterais da abertura vaginal.

Estas glândulas têm a função de produzir um líquido mucoso que mantém a entrada vaginal úmida, no entanto, quando o orifício de saída delas obstrui, o líquido não pode drenar para o exterior e fica acumulado provocando a inflamação da glândula e o aparecimento de um cisto. Quando aparece é fundamental ir ao médico para determinar a causa exata e ver se é necessário drenar o cisto com uma pequena intervenção cirúrgica.

Tratamento para as espinhas vaginais

Todas as condições anteriores podem dar resposta à pergunta de por que tenho uma espinha na vagina e, como pode ver em cada uma delas, insistimos na importância de consultar um médico ou ginecologista, pois o tratamento dependerá sempre da causa da sua origem. Em alguns casos, será suficiente com a administração de medicamentos orais ou tópicos, mas em outros é possível que em função da gravidade da lesão ou doença seja preciso recorrer à cirurgia.

O que é muito importante ter em consideração para cuidar da sua saúde íntima é fazer as revisões ginecológicas oportunas e ir ao médico rapidamente se notar qualquer tipo de protuberância em seus genitais, que não desaparece em poucos dias ou que vem acompanhado de outros sintomas, como os que citamos ao longo do artigo.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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