A morfina é uma substância extraída do ópio e tem esse nome que faz alusão ao deus grego do sono Morfeu. O seu uso na medicina está relacionado a pacientes que sofrem de dores muito forte, em casos de dor crônica, acidentes graves ou câncer. Em 1973 foi descoberto que a morfina atuava em pontos específicos do encéfalo, medula espinhal e outras terminações nervosas. Por causa de abusos dessa substância, foram relatados casos de dependência à essa substância lá pelo século XIX durante as guerras civis dos Estados Unidos.
Neste artigo, umComo explica para que serve a morfina.
Para que é usada
- Dor crônica: É a primeira escolha no tratamento clínico geral para dores pós-operativas como no caso de câncer mas é frequentemente substituída pelo fentanil.
- Dor aguda forte: Traumas, fortes dores de cabeças, pós-partos (não se usa morfina em cólicas biliares pois provocam espasmos e podem aumentar a dor) não costumam utilizar morfina em dores inflamatórias.
- Anestésico: Utilizada como coadjuvante do gás anestésico geral.
Como a morfina age no corpo
Os opioides são agonistas geralmente recebidos pelos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula, sistema intestinal, neural e medula espinhal.
Estes receptores são importantes na regulação natural da dor e na sensação de dor no corpo. Os opioides endógenos como a endorfina e encefalina são os neurotransmissores que agem com as substâncias opiáceas como no caso da morfina. Alguns desses receptores tem propriedades analgésicas como os denominados 'Mu', além dos receptores K e Delta. Cada receptor é ligeiramente semelhante ao outro, mesmo que cada um atue numa área diferente.
A endorfina, substância responsável pela sensação de bem-estar e analgésico natural do nosso corpo é uma palavra formada pela junção de 'endo' e 'morfina'.
Administração
A sua administração pode ser via oral, subcutânea, intravenosa e intramuscular. As formas transdérmicas, intranasais e epidurais são as menos utilizadas. Frequentemente é dado ao paciente o controle da bomba que pode ser ativada por um botão, desta forma injetando a quantidade do opioide de acordo com o seu desejo. Estes mecanismos geralmente previnem a injeção de doses muito elevadas, que podem causar danos graves a saúde do paciente, mas na maioria dos casos como o controle é feito pelo paciente que está sob efeito do medicamento ele acaba por se limitar a pressionar o botão somente quando sente dor para evitar sonolências.
Após a administração o seu efeito perdura de 4 a 6 horas.
Este medicamento jamais deve ser administrado durante a gravidez pois ultrapassa a barreira hemato-encefálica e até mesmo a placenta.
Efeitos colaterais
- Sedação.
- Euforia (em casos de dependência).
- Rigidez muscular involuntária.
- Alucinações, ansiedade e pesadelos.
- Redução da função renal (incomum).
Contra-indicações
A morfina é contra-indicada em casos de hipertensão craniana como meningite, gravidez, insuficiência hepática ou renal ou para alérgicos a qualquer uma das substâncias da pupila.
A morfina jamais deve ser utilizada em conjunto com substâncias depressoras do SNC como o álcool, benzodiazepinas ou com qualquer tipo de anti-psicótico ou anti-depressivos.
Veja também: Quais são os efeitos do ópio
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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