Dentro dos leucócitos (também chamados de glóbulos brancos), podemos encontrar os linfócitos, células responsáveis pela produção de anticorpos para combater as infecções e os tumores. Os níveis normais dos linfócitos estão entre 20 e 40% dos leucócitos totais e números variantes podem ser um bom indicador de que algo está ocorrendo no organismo. Quando o nível de linfócitos é superior a 50% (ou 1300 a 4000/mm3 de sangue), sofremos de uma condição chamada de linfocitose. Existem dois tipos, linfocitose monoclonal e policlonal. Continue lendo essa matéria do umCOMO e descubra quais são as causas dos linfócitos altos.
Causas da linfocitose monoclonal ou primária
A linfocitose monoclonal ou primária reflete uma doença proliferativa onde o número de linfócitos aumenta por causa de um defeito linfoide. É provocada por:
- Tumores linfoides.
- Leucemia prolinfocítica.
- Tricoleucemia.
- Linfomas com expressão leucêmica.
- Leucemia de linfócitos grandes granulares.
- Leucemia linfoblástica aguda (LLA)
- Leucemia linfocítica crônica (CLL).
Sobre esta última condição podemos destacar que:
A leucemia é um tipo de câncer do sangue em que a medula óssea é substituída pelas formas prematuras de células brancas do sangue. A LLA é um tipo de leucemia com muitos glóbulos brancos imaturos, não completamente desenvolvidos, chamados blastos, que são produzidos na medula óssea. Um tipo de blasto presente na LLA são os linfoblastos, que são linfócitos imaturos.
O LLC é um tipo de leucemia caracterizado pela presença de um excesso de linfócitos maduros. É o tipo mais frequente de leucemia no adulto, uma doença própria do idoso com verdadeiro predomínio do homem sobre a mulher. Os sinais e sintomas mais frequentes são a presença de inflamação dos gânglios linfáticos a nível geral, cansaço e perda de peso. Neste outro artigo, você pode ler quais são os sintomas da leucemia com mais detalhe.
Causas de linfocitose policlonal ou reativa
A linfocitose policlonal ocorre devido a um processo inflamatório ou infeccioso. As causas podem ser tão variadas como:
Infecções virais:
- Síndromes mononucleares, pelo Citomegalovirus
- Hepatite
- Rubéola
- Vírus herpes simples, o chamado herpes labial e varicela zoster
- Adenovirus
- Gripe
- Papeira
Infecções bacterianas:
- Tuberculose
- Brucelose
Intoxicações com certas substâncias como:
- Chumbo
- Benzol
Alterações metabólicas como:
- Acidose diabética
- Acidose urêmica
- Alguns tratamentos com vitamina B12.
Causas agudas:
- Choque séptico
- Falha cardíaca aguda
- Cirurgia
- Dependência química
- Transfusões
Causas crônicas:
- Tabaquismo
- Cirurgia do baço
- Doenças autoimunes
- Inflamação crônica (como a doença de Crohn)
- Colite ulcerosa
- Vasculite
Linfócitos altos e linfócitos normais
Se você sofre de algum dos sintomas que podem indicar que você está sofrendo de linfocitose, é essencial realizar um exame ao sangue para conferir a quantidade total dos seus linfócitos.
Na secção correspondente do hemograma, verá este dado e poderá avaliar se se encontram dentro dos valores normais de linfócitos. O mais comum é que estes se situem entre 1300 e 4000 células no caso dos adultos e entre 5000 e 7000 no caso das crianças, que costumam ter valores mais altos por microlietro de sangue. Nno entanto, será o médico quem deverá avaliar cada caso e realizar o diagnóstico apropriado, junto com o tratamento adequado no caso de ser necessário.
Como tratar linfócitos altos
Agora que você já sabe quais são as causas dos linfócitos altos, descubra também como pode tratar esta condição para melhorar a sua saúde no geral. A primeira coisa a fazer é determinar o que provocou a alteração nos níveis dos linfócitos e, assim que o diagnóstico e o tratamento forem receitados pelo médico, seguir as recomendações do profissional com atenção (tomar os medicamentos indicados, etc). É essencial que você seja examinado por um especialista para conseguir controlar esta situação e prevenir enfermidades graves.
Depois de seguir este conselho, você pode fazer algumas alterações no seu cotidiano para baixar os linfócitos naturalmente:
Mude a sua dieta
Aposte numa dieta nutritiva e equilibrada com muitos vegetais e proteínas saudáveis. Reduza a presença de alimentos gordurosos ou com componentes difíceis de digerir, como:
- Açúcares
- Farinhas brancas (não integrais)
- Fritos, preparados à milanesa, etc.
- Molhos
- Produtos lácteos
- Carnes vermelhas
- Álcool e tabaco
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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