A insuficiência renal é produzida quando a capacidade dos rins para filtrar o sangue sofre uma deterioração progressiva. Os rins são responsáveis por eliminar as substâncias residuais do nosso organismo, assim como de manter e regular o volume de sangue do nosso corpo. Uma deficiência no seu funcionamento pode derivar em acumulação de toxinas e substâncias nitrogenadas no sangue, como a ureia, além de um aumento da creatinina plasmática. Durante a etapa inicial de deterioração funcional do rim, é normal que ainda funcione adequadamente. A piora acontece de forma progressiva. Se quer saber quais são os sintomas da insuficiência renal, não perca este artigo de umComo.
Ao ser uma doença de degeneração progressiva, a insuficiência renal passa por quatro fases, cada uma com uma sintomatologia característica:
- Durante a primeira fase o paciente não costuma apresentar sintomas, pois ainda que tenha uma perda de néfrons, os restantes saudáveis tentam compensar esta ausência.
- Na segunda fase, o sistema de filtragem já é deficiente e começam a aumentar as quantidades de ureia e creatinina no sangue. Além disso, a função hormonal do rim é alterada, fato que deriva em uma diminuição da produção de glóbulos vermelhos, redução de vitamina D e insuficiência do metabolismo fosfocálcico.
- Se a doença ainda não foi detectada, os níveis de ureia e creatinina continuam aumentado dando lugar à terceira fase. Aqui, além dos citados, os rins começam a reter outros componentes e substâncias residuais que em condições normais deveriam ser eliminados, como o ácido úrico ou fósforo.
- Se o paciente atingir a quarta fase precisará com total probabilidade de um método de depuração extrarrenal, geralmente através de diálise ou transplante de rim.
Os pacientes que se encontram na segunda fase da insuficiência renal costumam apresentar claros sintomas de hipertensão arterial. Ao começar a diminuir os níveis de cálcio, podem aparecer patologias relacionadas com a manutenção e crescimento dos ossos, como osteoporose ou osteosclerose. Durante as primeiras fases desta doença, considera-se que a insuficiência renal é aguda, mas se não for identificada e iniciado o tratamento, conforme avança a deterioração passa a ser crônica.
Durante esta segunda fase, também podem acontecer alterações da função respiratória, como edema pulmonar, provocado pela acumulação de líquidos nos pulmões. Devido à perda de néfrons e alteração da capacidade de filtragem do sangue, outro sintoma muito comum costuma ser o aumento da produção de urina, inclusive durante a noite, assim como a retenção de líquidos. Este último sintoma pode derivar em insuficiência cardíaca se não for tratado.
Ao chegar à terceira fase, é comum que o paciente apresente sintomas de anemia. Ao não filtrar corretamente o sangue do nosso corpo, é possível que apareçam hemorragias digestivas, úlceras e infecções, e no caso de feridas, a cicatrização é lenta. Além disso, existe a possibilidade de que a pessoa com insuficiência renal desenvolva uma intolerância à glicose ou diabetes.
Durante a última fase os sintomas anteriores aumentam e se intensificam. Além dos já citados, é provável que o paciente com insuficiência renal apresente outros sinais. Os mais comuns são: aparecimento de vômitos e diarreias que, nos piores casos, podem ir acompanhados de sangue.
Devido à concentração de ureia e outras substâncias que deveriam ser expulsas, outro sintoma comum costuma ser o hálito urêmico, caracterizado por emitir um cheiro a peixe ou amoníaco. Além disso, é possível que a pele adquira um tom amarelado, uma sensação de coceira, e uma espécie de pó branco depois de suar, conhecido como geada urêmica.
No caso das mulheres com insuficiência renal é possível que outro sintoma seja a ausência de menstruação e diminuição de libido. Nos homens, é comum a disfunção eréctil ou impotência. Independentemente do sexo, outra consequência desta doença renal costuma ser a debilidade muscular, inflamação das articulações e, inclusive, princípio de artrite.
Em função do estado da doença e gravidade da mesma, a pessoa com insuficiência renal apresentará uns sintomas ou outros. Cada caso é único, por isso é possível que apareçam estes ou outros sinais que avisem da deficiência funcional dos rins. Por isso é importante ir ao médico com frequência e fazer exames de sangue e físicos para identificar este tipo de patologias a tempo.
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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