A criptococose (ou doença do pombo, na linguagem popular) é uma infecção fúngica que acomete aqueles que tiveram contato com pombos ou outras aves contaminadas pelo fungo. Apesar de se manifestar no mundo inteiro, a doença do pombo é mais comum em regiões da América Latina e da África. Seus sintomas vão desde corrimento nasal acentuado até a meningite, fazendo com que a doença seja difícil de se identificar a primeira vista. A melhor forma de se prevenir é ficando longe de pompos e de fezes de aves em geral. Sintomas da 'doença do pombo' - Tem cura? e outras dúvidas serão respondidas neste artigo do umCOMO. Entenda.
Doença do pombo: como se pega?
Os pombos são um dos animais que mais se adaptaram a vida nas cidades, inclusive são conhecidos por "ratos voadores", uma vez que estão sempre em grande número e se alimentam do que encontrarem. Dessa forma, locais como praças e outros ambientes onde há proliferação de pombos são focos da doença.
Leitura complementar: Como espantar pombos.
De acordo com estudo publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical[1], o contágio acontece principalmente pelo contato de humanos com as fezes de aves contaminadas, sobretudo no contato de fezes de pombo com a pele. O problema é que essas fezes nem sempre são facilmente reconhecidas, pois podem estar camufladas no ambiente, como junto a árvores ou no solo. Ou seja: você pode se contaminar acidentalmente, por descuido.
Outra forma de contágio se dá quando você respira poeira com resquícios de fezes de pombo contaminadas.
Uma doença de contágio semelhante e igualmente perigosa é a toxoplasmose. Para prevenção, sugerimos a leitura do artigo sobre Toxoplasmose - Sintomas, IgG e tratamento.
Ainda segundo os pesquisadores da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, o principal grupo de risco para a doença do pombo são as pessoas imunodeprimidas (aqueles que têm imunidade baixa), sobretudo os portadores do vírus da AIDS.
Sintomas da Doença do Pombo
A literatura médica brasileira investiga profundamente a criptococose (doença do pombo). De acordo com o relatório de 2008 da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical[2], os principais sintomas da doença do pombo são:
Em pacientes imunodeprimidos (com câncer, AIDS, etc):
- Meningite;
- Dor de cabeça;
- Febre.
Em pacientes com saúde estável:
- Enjoo;
- Vômito;
- Nuca rígida;
- Alteração de consciência;
- Perda de memória;
- Paralisia facial;
- Perda de visão;
- Meningite.
Ao sinal desses sintomas, fique atento e procure um médico imediatamente, que deverá colher parte do líquor das feridas e solicitar exame em microscópio para confirmar se há ou não presença do fungo Cryptococcus. Apesar da infecção poder ser fatal (pois atinge o sistema nervoso), a doença de pompo tem cura e tratamento.
Pombo transmite doença para cachorro?
Sim, animais podem ser afetados pelo fungo causador da criptococose. Os principais alvos são cães e gatos. De acordo com estudo realizado por Gilson Luiz Borges Corrêa, veterinário e professor da PUC-RS[3], os principais sintomas em animais domésticos (sobretudo gatos) são:
- Espirros;
- Secreção nasal;
- Erupções cutâneas;
- Perda do tônus muscular;
- Depressão;
- Perda de apetite.
Fique tranquilo: se seu bichinho contraiu a doença de pombo, existe tratamento. Em primeiro lugar, é preciso levá-lo ao médico veterinário, que provavelmente irá iniciar um tratamento à base de Fluorocitosina, Anfotericina B ou Cetoconazole.
Criptococose: tratamento
O tratamento da criptococose em humanos se dá sobretudo pela administração de antifúngicos, que irão impedir a proliferação e desenvolvimento do fungo. Seu médico provavelmente irá receitar a seguinte medicação:
- Anfotericina B;
- Fluconazol.
Atenção: somente o médico é competente para lhe prescrever a medicação correta. Em nenhuma hipótese se automedique. Como dito acima, a doença do pombo pode ser letal se atingir o sistema nervoso, portanto dirija-se ao hospital ou posto de saúde mais próximo de onde você está e solicite atendimento.
Doença de pombo: prevenção
A melhor forma de prevenir a doença de pombo é reduzir ao máximo seu contato com essa praga urbana. Por isso, não alimente pombos e oriente seu familiares, vizinhos e amigos a também não fazê-lo. Se possível, cole cartazes com esse aviso nas praças da cidade, ou solicite que a secretaria de saúde do seu município faça uma campanha de conscientização.
Se os pombos estão dentro da sua casa, lave a área com água e um produto de limpeza antifúngico (como o Lysoform) e retire o que atrai os pombos (lixo, restos de comida, etc). Utilize sempre máscaras e luvas descartáveis ao fazer a limpeza.
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821999000500006&script=sci_arttext
- http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/106077/1/2-s2.0-56549102444.pdf
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781994000200038#nota