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Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti - lista completa!

 
Nathália Oliveira
Por Nathália Oliveira. Atualizado: 3 maio 2021
Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti - lista completa!

O mosquito Aedes aegypti é um grande terror que se espalha cada vez mais pelo Brasil. Transmissor de várias doenças diferentes e típico de áreas tropicais e subtropicais, esse pequeno mosquito consegue ser hospedeiro de diversos tipos de vírus que ameaçam e debilitam a saúde humana. Apesar das formas de se livrar de seus criadouros serem simples e fáceis de serem executadas, o descuido da população como um todo e até mesmo do Estado o tornam um dos principais desafios do país quando se trata de saúde pública e saneamento básico.

É importante atentar-se ao sintomas das diferentes doenças que o mosquito pode transmitir e procurar tratamento o quanto antes. Neste artigo do umCOMO, te ajudaremos a diferenciá-las e identificá-las com uma lista completa de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, e também outros mosquitos que atentam contra a saúde humana.

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Índice

  1. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
  2. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Dengue
  3. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Chikungunya
  4. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Zika
  5. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Febre amarela
  6. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Mayaro
  7. Aedes Aegypti: como prevenir?
  8. Outras doenças transmitidas por mosquitos no Brasil

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são:

  • Dengue
  • Chikungunya
  • Zika
  • Febre amarela
  • Mayaro

Continue lendo para conhecer os sintomas e tratamentos indicados para cada uma delas.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Dengue

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no país. Um dos agravantes dessa condição é o fato dela conter quatro tipos diferentes de sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. É uma doença potencialmente grave, pois pode evoluir para a dengue hemorrágica ou também síndrome do choque da dengue - caracterizada pela queda de pressão arterial e sangramentos, o que eleva o risco de morte.

Os quatro tipos de dengue apresentam os mesmos sintomas e, uma vez infectado e tratado para um sorotipo, ainda há o risco de contrair a doença novamente, por um sorotipo diferente.

A dengue começa com sintomas leves, que podem ser facilmente confundidos com outra enfermidade. Os sintomas podem durar de cinco a sete dias, sendo os principais:

  • Febre alta (podendo chegar a 40º)
  • Dores de cabeça
  • Cansaço
  • Dor muscular e nas articulações
  • Indisposição
  • Enjoo
  • Dor atrás dos olhos (que piora com o movimento dos mesmos)
  • Manchas e erupções na pele que causam coceira
  • Vômitos
  • Perda de apetite

Caso não se procure tratamento o mais rápido possível, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica - quando a pessoa infectada sofre alterações na coagulação sanguínea. Surgem hemorragias pelo corpo, causadas pelo sangramento de vasos sanguíneos na pele e até mesmo órgãos. A queda de pressão arterial que acompanha a dengue hemorrágica pode causar tonturas e quedas. Observa-se também em pacientes com dengue hemorrágica vômitos persistentes, pele fria, confusão mental, boca seca e dificuldade respiratória.

A síndrome do choque da dengue é a doença em sua forma mais grave. Caracteriza-se por acompanhar grande queda de pressão arterial, além de inquietação, palidez e perda de consciência. A síndrome pode levar a complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, derrame pleural e hemorragia digestiva. Se não tratada, pode levar até mesmo à óbito.

O tratamento para a dengue em si não existe, o máximo que se pode fazer é aliviar os sintomas e tomar muita água para evitar desidratação. Em casos de dengue hemorrágica, exige-se internação para hidratação endovenosa e, em casos de síndrome de choque da dengue, é preciso de cuidados na unidade de terapia intensiva. O melhor método de evitar a doença continua sendo a vacinação pela prevenção.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Chikungunya

Os sintomas da chikungunya são parecidos com os da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo e cansaço extremo. A grande diferença é que a primeira ataca as articulações com muito mais força que a segunda, causando inflamações com fortes dores, além de inchaço e vermelhidão. Outros sintomas incluem erupções cutâneas, fadiga, náuseas e vômitos.

A doença é pouco letal, mas muito limitante: a pessoa com chikungunya tem dificuldade de se locomover por conta das dores nas articulações. Os pés e as mãos são mais afetados.

Também não há tratamento específico para a chikungunya e, por ser parecida com a dengue, é importante procurar orientação médica o mais rápido possível. Após os dez primeiros dias de tratamento sintomático, o paciente sente uma melhora de forma geral. No entanto, é possível haver uma recaída dos sintomas - comum entre dois a três meses após o início da doença. O sintoma mais persistente é a dor e inflamação nas articulações que, se não tratada definitivamente e com atenção, pode perdurar a vida inteira.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Zika

A forma de transmissão do zika vírus também ocorre pelo mosquito Aedes aegypti, mas consegue ser mais complexa.

Uma gestante pode transmitir o vírus para o feto durante a gravidez, transmissão essa que pode gerar microcefalia e outros defeitos cerebrais graves para o feto. O zika vírus também pode ser transmitido por relações sexuais, com estudos ainda em andamento para descobrir por quanto tempo o vírus permanece no sêmen e nos fluidos vaginais das pessoas contaminadas e por até quanto tempo ele pode ser transmitido para os parceiros sexuais.

Os meios de transmissão saliva, urina e leite materno ainda não foram confirmados. Ainda há a possibilidade de transmissão por transfusão de sangue.

Os sintomas começam cerca de três a doze dias após a picada do mosquito. A maior parte dos contaminados não apresentam os sintomas, mas, quando apresentam, incluem:

  • Febre baixa (em torno de 37º e 38º)
  • Dor muscular e nas articulações
  • Dor de cabeça e atrás dos olhos
  • Erupções cutâneas
  • Conjuntivite
  • Dor abdominal
  • Diarreia ou constipação
  • Fotofobia

Eles persistem por até sete dias, sendo que em alguns casos as dores nas articulações podem persistir por volta de um mês.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Febre amarela

A febre amarela recebe este nome por causar amarelidão pelo corpo (icterícia) e hemorragia em vários graus.

Não há relatos de transmissão de febre amarela entre pessoas. Os indivíduos que não se vacinam e/ou que viajam para lugares com maior incidência de casos de febre amarela, além de idosos (por terem resposta imunológica mais fraca) e infectados com HIV compõem o grupo de risco. A vacina de febre amarela é distribuída pelo Sistema Único de Saúde e é a melhor forma de prevenção.

Os sintomas de febre amarela incluem:

  • Febre
  • Dores musculares
  • Dor de cabeça
  • Perda de apetite
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Olhos avermelhados
  • Fadiga
  • Fotofobia

Esses são sintomas mais simples, que costumam passar sozinhos ou apenas com tratamento sintomático. No entanto, uma pequena porcentagem dos infectados pode apresentar sintomas mais graves após a recuperação dos mais simples e, nessa fase, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas. Inclui-se aqui o retorno da febre alta, icterícia (amarelidão, por conta do fígado debilitado), urina escura e sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago.

Dica: Confira esse artigo para descobrir quais os efeitos colaterais da vacina da febre amarela.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti: Mayaro

A febre de Mayaro é uma doença pouco conhecida, mas também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Os sintomas de Mayaro incluem:

  • Febre
  • Cansaço excessivo
  • Manchas vermelhas pelo corpo
  • Dores nas articulações
  • Dor de cabeça
  • Fotofobia
  • Dores nos olhos
  • Calafrios
  • Tonturas
  • Enjoo
  • Dor abdominal

Sem tratamento adequado, as dores nas articulações podem ser tão grandes que limitam os movimentos. O tratamento para a Mayaro é apenas sintomático.

É uma doença considerada rara no Brasil, tendo poucos casos relatados e os infectados são, em sua maioria, pessoas que residem ou visitaram áreas rurais no norte e centro-oeste brasileiros. A melhor forma de evitá-la é combatendo o mosquito transmissor, da mesma forma como as demais doenças citadas neste artigo.

Aedes Aegypti: como prevenir?

Além das dicas indicadas até aqui, existem outras dicas para proteger a saúde da sua família. Os seguintes artigos podem ser muito úteis para fazer uma correta prevenção contra o mosquito Aedes Aegypti, causador de todas as doenças mencionadas até agora:

Outras doenças transmitidas por mosquitos no Brasil

Atente-se para as demais doenças causadas pelos mosquitos Anopheles, Culex e mosquito-palha:

  1. Malária: transmitida pelo mosquito Anopheles, causa dor no corpo, dor de cabeça, cansaço e febre. O tratamento é feito com antibióticos e antiparasitários.
  2. Filariose ou elefantíase: transmitida pelo mosquito Culex, causa inflamações, inchaço nas pernas, dor de cabeça, dores pelo corpo, cansaço e febre. O tratamento também é feito com antibióticos e antiparasitários.
  3. Leishmaniose: transmitida pelo mosquito-palha (também conhecido como birigui), causa feridas na pele, anemia e febre alta. É preciso identificar qual o tipo específico de leishmaniose para o tratamento, geralmente com antiparasitários.

Atenção: Ao menor sinal de alguma dessas doenças, procure orientação médica o mais rápido possível.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

Se pretende ler mais artigos parecidos a Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti - lista completa!, recomendamos que entre na nossa categoria de Doenças e Efeitos Secundários.

Conselhos

  • A dengue não é transmitida pelo contato. Uma vez picada pelo mosquito transmissor, a pessoa pode demorar de cinco a seis dias para a doença se manifestar.
  • Caso haja suspeita de contaminação, procure um médico o quanto antes. Remédios que contém ácido acetilsalicílico (como a aspirina) e alguns anti-inflamatórios podem piorar os sintomas da doença. Não faça uso de medicações sem orientação devida.
  • Evite o acúmulo de água, ponha tela nas janelas, coloque areia nos vasos das plantas, limpe calhas, seja consciente na hora de descartar o lixo: essas são as melhores formas de combater o mosquito e evitar sua proliferação.
  • Mulheres grávidas ou que pretendem engravidar devem procurar orientação médica para cuidados especiais com a transmissão de zika vírus.
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