Orelha de couve-flor: o que é, causas e tratamento

As orelhas de couve-flor ou de bozeador são chamadas de hematoma pericondral ou otohematoma. É uma deformidade na orelha que surge após receber impactos ou traumas graves ou frequentes. Impactos recorrentes costumam causar acúmulo de sangue entre o pericôndrio e a cartilagem auricular, por isso a orelha vai se transformando no formato de uma couve-flor, e é popularmente chamada assim.

A deformação não tem um aspecto estético agradável porque as orelhas tendem a retrair-se, ficam protuberantes ou mais grossas, com textura áspera, como se fosse papel amassado ou como se tocasse em uma couve-flor.

A orelha de couve-flor surge após receber repetidos traumas, fricções, impactos ou pancadas na orelha e ocorre porque quando a orelha sofre, após o impacto, os vasos sanguíneos encontrados no pericôndrio se rompem e é gerada uma pressão de hematoma.

Se o referido hematoma não desaparecer e permanecer por um tempo considerável, a cartilagem não é nutrida, pois não há fluxo sanguíneo, o que causa necrose ou morte do tecido cartilaginoso. Por sua vez, a morte do tecido cartilaginoso faz com que ele seja destruído, deformado e apareçam retrações, protuberâncias ou outras deformidades importantes e necessárias na estrutura da orelha.

Embora o trauma causado por pancadas seja geralmente a causa mais comum de orelha de boxeador ou couve-flor, a verdade é que quando os piercings não são colocados corretamente, seguindo as práticas de higiene adequadas, e infeccionam, também podem levar a pessoa a desenvolver esta condição. No caso de piercings, recomenda-se que o dano ocorrido no tecido seja curado, que a área seja desinflada e que a orelha esteja totalmente recuperada para considerar se será feita uma nova colocação de piercing. Talvez você se interesse por este artigo sobre piercing para enxaqueca.

De maneira geral, pode-se afirmar que as orelhas de couve-flor, embora sejam comuns em lutadores ou jogadores que praticam esportes de contato, também podem aparecer quando há processos que envolvem inflamações ou infecções na orelha. Esse tipo de deformidade anatômica causa condições no pericôndrio e na cartilagem que podem durar, a menos que intervenções médicas sejam realizadas a tempo.

Quando o fluxo sanguíneo não flui, a cartilagem da orelha acaba morrendo e esse tecido conjuntivo é importante porque permite que a orelha mantenha seu formato redondo natural e tenha a rigidez adequada. Por outro lado, quando ocorre necrose tecidual, o formato da orelha se perde e pode fazer com que ela afunde.

Quanto ao perigo que representa para a saúde, não deveria ser muito grande, mas a verdade é que a pessoa afetada pode sofrer infecções graves ou áreas necróticas que devem ser removidas para que os demais tecidos possam se recuperar ou permanecer saudáveis.

Uma vez que o lutador ou atleta apresenta orelhas de boxeador, ou hematoma auricular, os profissionais de saúde costumam realizar a drenagem cirúrgica, fazendo punções ou incisões na superfície da orelha afetada para evacuar o hematoma.

Posteriormente, são feitos esforços para manter a compressão da área, seja com sutura ou curativo na área afetada, para evitar que o sangue se acumule novamente no espaço entre o pericôndrio e a cartilagem. Além disso, para prevenir o aparecimento de infecções na área tratada, os médicos também podem prescrever antibióticos.

Hoje existem algumas medidas para prevenir a formação de orelhas de couve-flor e, de fato, muitos treinadores e pessoal médico voltados para a área esportiva focam nisso, na prevenção, porque, nos esportes de contato é onde há mais risco, os lutadores costumam usar capacetes de boxeador, bonés para quem joga rugby, além de talas para as orelhas projetadas para evitar esse tipo de lesão.

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Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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