Tratamento caseiro para plicoma anal
O plicoma anal são dobras de pele externa soltas na região do canal anal. Decorre de um espessamento da pele ou do excesso da mesma na região. Diferentemente das hemorroidas, que são veias, o plicoma é apenas uma pele, ou seja, não há sangramento. Neste artigo do umCOMO, falaremos um pouco a respeito do que é o plicoma anal, sintomas, como preveni-lo e como tratá-lo. Entenda agora qual é o tratamento caseiro para plicoma anal cuidados importantes.
O que é o plicoma anal?
O plicoma no ânus é um excesso de pele que aparece na região anal e que pode ser sentido, por vezes gerando incômodo de fazendo necessário que tenhamos alguns cuidados. A "pelinha no ânus" pode ter diversas causas e, na grande maioria das vezes, é causada por algum atrito repetitivo ou por doenças na região do ânus como hemorroidas, além de ser muito comum em grávidas em razão do aumento da pressão na região abdominal.
Ainda que não seja doloroso e que não apresente perigos ao paciente, os plicomas podem incomodar e, quando grandes, é até mesmo recomendada cirurgia de remoção que consiste em cortar o plicoma, visando livrar o paciente de uma vez por todas do problema.
Em razão da localização, muitas pessoas se perguntam se plicoma pode ser câncer, entretanto, não há a possibilidade de que um plicoma evolua para algo mais grave. Caso se sinto uma bolinha na região anal, é necessário realizar uma consulta médica com um proctologista para que haja a confirmação de que trata-se apenas de um plicoma e não de algo mais grave.
Causas do plicoma anal
Doença hemorroidária
Apesar da hemorroida e o plicoma serem duas coisas diferentes, por vezes pacientes com hemorroidas acabam também desenvolvendo plicomas[1]. Em casos de hemorroidas externas (usualmente aparecem em casos pós-parto, lesões durante a evacuação e cirurgias), depois da fase aguda da doença, as veias ora inflamadas melhoram de aspecto e podem deixar o excesso de pele como cicatriz no ânus chamada de plicoma hemorroidário.
Além disso, a gravidez e esforços físicos feitos durante o período de inflamação das hemorroidas, como pegar peso, fazer força ao defecar etc) podem fazer com que a pele ao redor do ânus perca elasticidade, formando o plicoma. Em razão da relação entre hemorroidas, plicomas e exercícios físicos, é muito comum que surga a dúvida sobre se quem tem plicoma pode fazer academia e a resposta é sim, entretanto, caso a pessoa tenha hemorroida o recomendado é não fazer exercícios físicos sem antes consultar um médico para que o caso seja avaliado.
É comum que pessoas com plicoma causado por hemorroida também tenham:
- Sangue nas fezes;
- Ardência anal;
- Escape;
- Sangue nas roupas;
Em casos graves de hemorroidas é recomendada cirurgia.
Fissuras anais
As fissuras anais são ferimentos que aparecem nas margens externas do canal anal, causando dores de diversas intensidades, além de sangramento, sendo um sintoma comum principalmente em mulheres grávidas e podendo também surgir em jovens[2]. Além das hemorroidas, as fissuras anais também podem explicar o aparecimento do plicoma pois, em fissuras em fase de cicatrização, a pele ferida da parte externa do canal pode se agrupar formando o que é conhecido pela medicina como plicoma sentinela, é como uma cicatriz comum, entretanto, localizada na região anal.
Outras causas do plicoma anal
Outras causas que ajudam a explicar o aparecimento do plicoma são:
- Mulheres pós-parto normal;
- Constipação/intestino preso/prisão de ventre;
- Sexo anal;
- Período de cicatrização de cirurgias anais;
- Complicações da doença de Crohn.
O plicoma anal inicialmente não dói, apenas gera um incômodo como uma sensação de ter uma "bolinha" próxima ao ânus, afinal, trata-se apenas de um excesso de pele e não de um ferimento. Apesar de não ser dolorido, a manipulação excessiva do plicoma (como excesso de papel higiênico, por exemplo) pode levar à dor, inchaço, edema e prurido.
O tamanho dos plicomas pode variar, desde milímetros a alguns centímetros. Dependendo do tamanho, pode até mesmo prejudicar a higiene local - casos para os quais a remoção cirúrgica é mais do que necessária. A cirurgia de remoção dos plicomas é de pequeno porte, feita com anestesia local e que não costuma necessitar de preparo intestinal anterior.
Sugestão: Pontadas no ânus, o que pode ser?
Tratamentos para plicoma anal
Alguns medicamentos podem ser receitados pelo médico para auxiliar no tratamento, como medicações emolientes podem ajudar a reduzir o esforço feito na hora de evacuar, além de analgésicos, anti-inflamatórios e pomadas anestésicas para o alívio dos sintomas e do incômodo. Além do tratamento médico, existem cuidados caseiros que podem ser tomados para auxiliar no cuidado co plicoma.
Banho de assento para plicoma anal
Em casos de plicomas inflamados, uma boa opção de tratamento que pode ser feito em casa são os banhos de assento. Siga os passo a seguir:
- Pegue uma bacia grande o suficiente para cobrir a região das ancas e das nádegas;
- Esquente 2 litros de água até ficar levemente morna;
- Use ervas. O banho de assento pode ser potencializado com o uso de algumas ervas como hamamélis, cipreste e alfazema, que possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, adstringentes e calmantes;
- Sente-se dentro da bacia e fique na mesma posição por cerca de 20 minutos.
Para que o tratamento surja efeito rapidamente, recomenda-se fazer o banho de assento cerca de quatro vezes ao dia.
Higiene para quem tem plicoma anal
Na hora de ir ao banheiro, algumas mudanças também são importantes como:
- Evitar o uso de papel higiênico, diminuindo assim o atrito;
- Usar ducha ou bidê com jato fraco de água para a higiene íntima;
- Evitar esfregar a região e criar o hábito de ter evacuações mais rápidas,sem ficar sentado no vaso por longos períodos).
Caso tenha irritado o plicoma ao defecar, tome os cuidados de higienização necessários e não se preocupe pois o plicoma desincha naturalmente. Em caso de ferimentos, é necessária consulta médica.
Essas são algumas mudanças fáceis de serem feitas e que auxiliam na eficácia do tratamento.
Veja também: Como tratar uma fissura anal.
Cuidados alimentares
Melhorar a alimentação é um ponto fundamental do tratamento. Para ter uma alimentação
- Inclua mais fibras em sua dieta, é possível evitar cada vez mais casos de constipação e manter o intestino funcionando regularmente;
- Beba muita água, lembre-se que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é que tomemos 2 litros de água por dia, ação necessária para evitar que as fezes endureçam no intestino, evitando também que se machuque o ânus durante a evacuação;
- Evite alimentos que produzam gases como feijão, vegetais de folha escura como brócolis e couve;
- Evite alimentos apimentados;
- Evite exageros com bebidas alcoólicas e também com café;
- Alimente-se a cada 3 horas e mastigue bastante os alimentos antes de engolir.
Veja também o artigo quais são os alimentos para a prisão de ventre e descubra diversas opções que vão lhe ajudar a ter uma rotina um pouco mais amigável com o seu intestino.
Alimentos ricos em água
Ingerir alimentos ricos em água traz uma série de benefícios para o organismo, sendo que oferecem ainda uma sensação refrescante e alimentam. Para saber quais são as opções que contêm maior quantidade de água para incluir no cardápio para tratar plicoma anal e se beneficiar das propriedades, confira essa lista de alimentos ricos em água.
Mesmo que os alimentos ricos em água sejam leves, eles alimentam graças à quantidade de fibras que possuem. Por isso, são ótimas opções para incluir no cardápio, inclusive, nos dias quentes, quando os alimentos leves combinam mais, pois refrescam. Outra vantagem é que são diuréticos e isso quer dizer que ajudam a desinchar e a regular a pressão alta. Além disso, colaboram para o bom funcionamento do intestino, evitando a prisão ventre, que é uma das causas do plicoma anal.
Frutas, legumes e verduras
Os alimentos que possuem alta concentração de água podem ser ingeridos a qualquer momento do dia e, por estarem incluídos, em especial, no grupo das frutas, legumes e verduras podem ser consumidos nas diversas refeições do dia, inclusive, à noite. Por serem leves são os alimentos mais indicados para comer antes de dormir, uma vez que são menos calóricos também. Vale dizer que os alimentos que entram nessa categoria são aqueles que contêm mais de 70 g de água em sua composição.
Entre os alimentos que possuem mais água, destacam-se o rabanete cru, a melancia, o tomate cru, a cenoura crua, a couve-flor cozida, o melão, o morango e o nabo cozido, os quais contam com mais de 90 g de água em cada unidade. Outros exemplos são o pepino, a alface, o aipo, o pimentão verde, a melancia, a carambola e o brócolis. Na sequência, outros alimentos que têm mais de 80 g de água são a clara de ovo, o abacaxi, a pera, a goiaba e a maçã sem casca, além da banana, que possui pouco mais de 70 g de água.
Os alimentos que além de água são ricos em minerais também são opções que não podem ficar de fora do cardápio, com os benefícios adicionais de combaterem as câimbras e o cansaço, tanto da mente quanto do corpo. Nesse grupo, entram, principalmente, as frutas cítricas e os frutos do mar, os quais possuem níveis elevados de potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cloro, iodo, ferro e sódio. Entre eles, merece destaque a água de coco, o espinafre, a tangerina, a laranja e os peixes.
Com eles é possível fazer sucos e sopas, além de acrescentá-los às refeições de forma crua nas saladas. No caso dos legumes, podem ser ainda cozidos no vapor d’água, assim, não perdem os seus nutrientes, como ocorre quando são cozidos diretamente na água. No caso do pepino, uma dica é fazer um caldo com ele, em uma receita que mistura iogurte desnatado, hortelã e cubos de gelo para fazer uma sopa gelada. Assim, a refeição vai ser ainda mais rica em água e perfeita para os dias quentes.
Alface
Já a alface não combina só com as saladas, mas sim, com sanduíches naturais, podendo não apenas enfeitar os pratos como ser ingerido em todas as refeições. O aipo, por sua vez, tem a vantagem extra de ser um ótimo remédio natural para combater o refluxo e a azia, pois ajuda a neutralizar o ácido do estômago.
Leitura complementar: Alimentos ricos em fibra
Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Tratamento caseiro para plicoma anal, recomendamos que entre na nossa categoria de Doenças e Efeitos Secundários.
- CRUZ, G. M. G. da. FERREIRA, R. M. R. S. NEVES, P. M. Doença hemorroidária - Aspectos epidemiológicos e diagnósticos de 9.289 pacientes portadores de doença hemorroidária. Revista braisleiro de coloproctologia, v. 26. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbc/v26n1/v26n1a01.pdf. Acesso em: 21/03/2019.
- DUARTE, A. AMARO, P. Fissura anal. Revista portuguesa de proctologia. Disponível em: http://www.spcoloprocto.org/uploads/rpcol__jan_abril_2009__pags_18_a_26__recomendacoes__fissura_anal__parte_i.pdf. Acesso em: 21/03/2019.