O que é flexitarianismo

O flexitarianismo surge justamente, como o próprio nome diz, para flexibilizar a mudança de hábito alimentar e de consumo. Tornando-se popular entre os jovens norte-americanos, o flexitarismo é uma alternativa para quem apenas quer reduzir o consumo de alimentos de origem animal.

Como é menos restritiva, a dieta flexitariana é mais fácil de seguir e desponta como uma maneira de fazer uma reeducação alimentar mais suave, se tornando um "um caminho de transição para quem cogita virar vegetariano no futuro”^[2].

Um dos grandes questionamentos, seja de flexitarianos, vegetarianos ou veganos, está no processo de produção desses alimentos de origem animal. O uso de remédios na hora do abate dos animais, o estresse causado nos bichos, a adoção de gaiolas e o tratamento dispensado aos animais liberam substâncias nas carnes que são prejudiciais à nossa saúde, além da crueldade animal propriamente dita.

Dito isso, a dieta flexitariana seria uma reeducação alimentar para você ir aos poucos reduzindo, sem excluir totalmente, o consumo de alimentos de origem animal e passar a priorizar a ingestão de vegetais, como verduras e legumes. Por meio dessa dieta, o foco passa a ser "diminuir o consumo de carne, mas não se privar de comer quando sentir vontade”^[3].

Como a base da dieta flexitariana é o aumento do consumo de frutas, vegetais e verduras, ela se torna uma forma de alimentação que traz enormes benefícios para a sua saúde e pode, ainda, estar relacionada à prevenção de diversas doenças, incluindo diabetes, obesidade e hipertensão, uma vez que o alto consumo desses alimentos provê maiores quantidades de vitaminas, fibras e minerais que contribuem para um corpo mais são.

Por outro lado, o flexitarianismo não dita exatamente regras do que e de qual quantidade comer, tampouco orienta necessariamente quais macronutrientes priorizar na alimentação. O que faz dela muito mais um estilo de vida do que uma dieta.

Além da priorização de frutas, verduras, legumes e grãos, a dieta flexitariana tem como princípios^[4]:

• Ir adotando cada vez mais o consumo desses alimentos no lugar de carnes;
• Se for consumir algum tipo de carne de origem animal restringir o número de dias;
• Evitar ou limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e que contenham açúcar.

Como o nosso corpo necessita ir se acostumando aos poucos com novos hábitos, não é interessante você reduzir bruscamente o consumo de carnes. Vá espaçando os dias em que você irá comê-las e vá trocando a carne bovina por aves, suínos e peixes.

Como já vimos, a redução do consumo de carnes, principalmente a vermelha, e o aumento do consumo de alimentos mais naturais trazem enormes benefícios para a melhora da nossa saúde. Agora vamos desenvolver melhor quais seriam eles^[5]:

• Diminuição das chances de desenvolver diabetes: a redução do consumo de açúcares contribuem para o controle da glicemia;
• Melhora da circulação sanguínea: frutas, vegetais e legumes ajudam o nosso corpo a não acumular gordura nas veias e artérias, contribuindo para que o sangue circule de maneira mais eficiente;
• Diminuição do risco de problemas cardiovasculares: alimentos mais naturais pomovem a saúde sanguínea e, consequentemente, o bom funcionamento do coração;
• Redução do risco de câncer: estudos vinculam o consumo de carne vermelha ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Dessa forma, reduzir a ingestão desse alimento diminui as chances da doença aparecer;
• Aumento da qualidade de vida: um corpo em equilíbrio contribui para a saúde física e mental.

Buscar orientação nutricional é essencial ao adotar o flexitarianismo para que você o seu nutricionista montem um plano alimentar que te permita fazer uma transição suave para esse novo estilo de vida. O acompanhamento nutricional também é importante, pois, a diminuição do consumo de carnes, pode resultar em deficiências de alguns nutrientes, como ferro, zinco e vitamina B12^[6].

O ideal é você começar aos poucos, variando o cardápio com a diminuição gradual do consumo semanal de carnes. Como já foi dito, o flexitarianismo envolve o aumento da ingesta de frutas, legumes e verduras, então, varie as suas opções. Inclua oleaginosas, como nozes e castanhas e priorize os cereais integrais para ter uma fonte de fibra ainda maior.

No entanto, você quer reduzir o consumo de carnes, mas não a ingesta de proteínas. Dessa forma, uma boa opção é fazer das leguminosas — feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja e derivados — a sua principal fonte desse importante macronutriente.

Ao falarmos de pessoas que partilham da filosofia de que o consumo de alimentos e bebidas de origem animal, de alguma forma, agride o meio ambiente ou causa mal-estar animal, podemos dividir-las em dois grupos até certo ponto similares: os vegetarianos e os veganos.

Os vegetarianos são aqueles que optam por cortar o consumo de produtos animais apenas da sua alimentação. Essas pessoas não comem carnes de origem animal, mas também podem parar de consumir lácteos, ovos e os derivados deles. Contudo, continuam a utilizar os demais produtos como bolsas e sapatos de couro, por exemplo.

Já os veganos são mais restritivos e adotam "forma mais intensiva do vegetarianismo”^[1]. Além dos produtos do gênero alimentício, os veganos também abolem o consumo de qualquer outro produto e sub-produto que possam ter causado algum tipo de sofrimento ou exploração animal, como objetos de vestuário e produtos de beleza.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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