Por que os homens vivem menos

Conforme demonstrado pelos indicadores demográficos básicos publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2002 e 2022, a expectativa de vida dos homens no Brasil aumentou de 66,4 para 72,4 anos, enquanto a das mulheres aumentou de 74,1 para 79,3 anos

Durante esse período, ainda há uma diferença notável na incidência de mortalidade entre os sexos, embora a razão homem/morte tenha caído significativamente: em 2002, era de 126,7, e, em 2022, de 112,3.

De acordo com as projeções do IBGE, a expectativa de vida dos homens no Brasil alcançaria 76,0 anos em 2035 e 81,5 anos para as mulheres. Isso representa um ganho de 3,6 e 2,2 anos, respectivamente, em relação aos valores atuais. Em 2071, esses valores seriam de 80,0 anos para os homens e 85,0 anos para as mulheres.

Um dos principais fatores da diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres são os genes. As mulheres têm duas cópias do cromossomo X em cada célula. Se um deles for defeituoso, elas têm uma cópia dele, ou seja, uma espécie de reserva saudável.

Os homens, por outro lado, têm um cromossomo X e um Y. Como eles têm dois cromossomos diferentes, se um deles estiver defeituoso, eles não terão uma cópia saudável, o que significa um risco maior de desenvolver uma doença.

Os hormônios femininos são outra razão pela qual os homens vivem menos. O estrogênio beneficia as mulheres ao reduzir os níveis do chamado colesterol ruim e aumentar os níveis do colesterol bom. A testosterona, por outro lado, é o oposto: ela aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pressão alta nos homens.

Embora isso possa mudar com o passar dos anos e com o progresso da sociedade, as mulheres geralmente levam um estilo de vida melhor e/ou mais saudável do que os homens. Menos fumo, menos consumo de álcool e dieta e exercícios mais cuidadosos são alguns dos motivos pelos quais as mulheres têm uma expectativa de vida mais longa do que os homens.

Embora a sociedade atual tenha mudado, tradicionalmente eram os homens que faziam trabalhos mais pesados fisicamente. Isso gera mais estresse devido à carga de trabalho, responsabilidades econômicas, maior desgaste do corpo e de suas diferentes funções, causando um risco maior de sofrer doenças e complicações de saúde na velhice.

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Os homens tendem a ter mais problemas para se adaptar às novas demandas da sociedade. Em geral, eles mudam menos do que as mulheres. Isso significa que muitos homens continuam a se expor a riscos desnecessários e, como resultado, sua expectativa de vida diminui.

Embora não seja possível generalizar, especialmente nos dias de hoje, as mulheres tradicionalmente cuidam mais de seus relacionamentos pessoais e isso tem um impacto positivo na expectativa de vida: quanto mais apoio social uma pessoa tem, mais tempo ela tende a viver.

No umCOMO, damos algumas dicas para melhorar a expectativa de vida dos homens:

• Manter um estilo de vida saudável com base em uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares.
• Prevenir e detectar precocemente possíveis doenças.
• Introduzir a necessidade de os homens fazerem check-ups regulares e consultas médicas se sentirem qualquer tipo de desconforto. Isso é essencial para lidar com doenças e tratá-las.
• Evitar hábitos prejudiciais à saúde, como o alto consumo de álcool e tabaco.
• Cuidar dos relacionamentos pessoais e emocionais na família e no trabalho.
• Compartilhar preocupações com as pessoas mais próximas.
• Melhorar a quantidade e a qualidade do sono, dormindo entre 7 e 9 horas por dia, aproximadamente.
• Ser mais flexível e adaptar-se às mudanças dos tempos, ou seja, acompanhar as mudanças da sociedade.

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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