Fluxo vaginal

Corrimento marrom claro, o que pode ser?

 
Yasmin Fonseca
Por Yasmin Fonseca. 22 março 2019
Corrimento marrom claro, o que pode ser?

Corrimentos vaginais são comuns e estão entre as causas mais frequentes de desespero que levam mulheres a marcar uma consulta ao ginecologista, principalmente quando o líquido possui odor desagradável e cor fora do usual. Um dos corrimentos mais frequentes é o de cor marrom, que pode tanto ser sinal de doenças como de desequilíbrios hormonais. Se você quer saber o que pode ser corrimento marrom claro, conheça 4 causas nesse artigo do umCOMO!

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Índice
  1. Corrimento marrom claro: escape
  2. Gonorreia e corrimento marrom claro
  3. Síndrome dos ovários policísticos (SOP) e corrimento marrom claro
  4. Vaginose
  5. Outras causas menos comuns para corrimento marrom claro

Corrimento marrom claro: escape

O sagramento de escape ocorre em razão da baixa quantidade de estrogênio, hormônio necessário para manter o estímulo endometrial[1], resultando em um corrimento marrom claro e cólica. A coloração diferenciada desse tipo de sangramento é justificada pela pequena quantidade de sangue, que acaba coagulando e mudando de tonalidade antes de atingir a superficie.

O corrimento marrom e sangue resultante da alteração hormonal não deve ser motivo de preocupação caso ocorra de forma esporádica, principalmente quando a mulher toma anticoncepcionais hormonais, entretanto, caso se torne frequente é necessário consultar um médico.

As principais causas do sangramento de escape são:

  • Uso de anticoncepcionais hormonais;
  • Gravidez;
  • Tabagismo.

Em caso de uso de métodos contraceptivos, uma simples troca é suficiente para estancar o sangramento e evitar que ocorra novamente.

Gonorreia e corrimento marrom claro

A gonorreia é uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae[2]. Tendo como principal sintoma o corrimento de cor amarelada ou marrom de odor desagradável, essa é a segunda doença sexualmente transmissível mais comum do mundo[3].

Além do característico corrimento, a gonorreia tem como sintomas:

  • Dor e incômodo ao urinar;
  • Sangramento desregulado;
  • Dores no abdômen e na cavidade pélvica.

Atingindo outras regiões do corpo, a doença pode causar secreção anal, nos olhos e na garganta, além de dores em articulações e febre. Se não tratada, a gonorreia pode causar infertilidade na mulher, sendo também um facilitador para contágio de outras doenças como a AIDS.[2]

Tratamento

Por ser causada por uma bactéria, a gonorreia é tratada com antibióticos como a Amoxicilina e a Penicilina, entretanto, é necessário que o infectado passe por uma avaliação médica não apenas para confirmar a doença como para que seja recomendado o melhor medicamento para o caso.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP) e corrimento marrom claro

A Síndroma dos Ovários Policísticos, também conhecida como SOP, é uma doença caracterizada pela formação de diversos cistos no útero e que é causada por desregulamentos endocrinológicos comum em mulheres férteis[4], podendo causar diversos sintomas, dentre os quais, o corrimento de cor marrom.

A causa da síndrome ainda não foi descoberta pela ciência e as suspeitas indicam ser algo genético. Alguns dos sintomas da SOP são:

  • Aumento ou diminuição do peso;
  • Crescimento de pelos corporais;
  • Menstruação irregular;
  • Mau odor corporal;
  • Acne.

A doença não tem dura mas seu tratamento é geralmente feito com o uso de anticoncepcionais hormonais, visando diminuir os sintomas.

Veja também como saber se tenho cistos no ovário.

Vaginose

Vaginoses são infecções causadas pelo desequilíbrio do pH vaginal, o que permite que bactérias e fungos cresçam na cavidade vaginal. As vaginoses mais comuns são:

  • Candidíase: causada pela propagação do fungo Candida Albicans[5], a candidíase é uma vaginose muito comum caracterizada pela produção de corrimento esbranquiçado de odor desagradável e que pode se tornar marrom claro em razão do contato com pequenas quantidade de sangue. O tratamento da doença é realizado por meio de pomadas antifúngicas;
  • Vaginose bacteriana: diversas bactérias podem causas vaginoses, sendo as mais comuns a Gardenerella, a Prevotella e a Mobiluncus spp[5]. Por ser causada por bactérias, as vaginoses são tratadas com antibióticos.

As vaginoses são propensas a urgirem quando há queda sistema imunológico e podem ser sexualmente transmissíveis.

Outras causas menos comuns para corrimento marrom claro

  • Menstruação: corrimento marrom claro antes da menstruação ou depois é comum e ocorre apenas em razão do baixo fluxo nos dois extremos do período;
  • Gravidez: corrimento marrom claro na gravidez durante o primeiro trimestre é um sintoma normal e não deve gerar preocupações;
  • Menopausa: assim como outras alterações hormonais, a menopausa pode causar pequenos sangramentos;
  • Relações sexuais frequentes: em razão da fricção, relações sexuais muito intensas ou frequentes podem gerar sangramentos;
  • Alergia a preservativos: em razão da irritação causada na mucosa vaginal, a alergia ao látex que compõe preservativos pode causar sangramentos.

Leia também: Corrimento marrom antes da menstruação pode ser gravidez?

Este artigo é meramente informativo, no umCOMO não temos capacidade de receitar nenhum tratamento médico nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. MACHADO, L. V. Sangramento Uterino Disfuncional. Serviço de Ginecologia, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v45n4/a10v45n4.pdf. Acesso em: 21/03/2019.
  2. PENNA, G. O., HAJJAR, L. A., MAGALHÃES, T. Gonorréia. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v33n5/3125.pdf. Acesso em: 21/03/2019.
  3. https://www.bbc.com/portuguese/geral-47250839
  4. SILVA, R. do C. PARDINI, D. P., KATER, C. E. Síndrome dos Ovários Policísticos, Síndrome Metabólica, Risco Cardiovascular e o Papel dos Agentes Sensibilizadores da Insulina. Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v50n2/29311.pdf. Acesso em: 21/03/2019.
  5. http://centreplanif.chru-lille.fr/doc/InfectionssexuellementtransmissiblesetSIDA/64292_1lesperte.pdf
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